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29 abr 2024 04:26


Espero que não haja uma desumanização da Justiça, pondera advogada ao observar impacto da virtualização dos Tribunais

Por Kleber Karpov

O progresso, o advento da internet e a evolução tecnológica, traz consigo os prós e contras. Impactam os diversos meios e segmentos da sociedade, sejam nas relações trabalhistas, sociais, econômicas, política, mas, principalmente, as humanas. Por onde passa, expande possibilidades, mas também deixam vácuos nostálgicos do comportamento humanos.

Um case interessante, do impacto da tecnologia, pode ser observado no Judiciário brasileiro, que timidamente, na década dos anos 2010, começou a padronizar o acesso a acompanhamentos de processos virtualmente, evoluiu para a digitalização de todos os trâmites de ajuizamento de uma ação, e chegou ao ponto de realizar, inclusive, intimações, por meio de aplicativos móveis, a exemplo do Whatsapp. Possibilidade essa que deixou muitos intimados de ‘saia justa’ por ficar ao alcance da Justiça à qualquer tempo.

Porém, tanta virtualização, traz a tona uma preocupação importante, sobretudo, em uma esfera de poder, que embora tenha como regra a impessoalidade, no processo de julgar. Mas, por outro lado, tem como um de seus princípios mais nobres, a manutenção da dignidade da pessoa humana. A ponto de tal premissa ser estabelecida pela Constituição Federal de 1988.

Sob essa ótica, um post da advogada, doutora Nádia Marques, na rede social, Facebook, chamou atenção desse articulista. Pois ao mesmo tempo em que anunciou a boa nova, do Tribunal de Justiça do DF e Territórios (TJDFT), também ponderou sobre a possibilidade de uma consequência assustadora.

“A partir desse mês, a distribuição dos processos das Varas Cíveis do Distrito Federal será 100% digital. Assim, essa cena se tornará cada vez mais rara… O contato com os servidores e magistrados, cada vez mais virtual, cada vez mais remoto. Espero que, com isso, não haja uma desumanização da Justiça.”, ponderou Nádia Marques.

O comentário da advogada, contrasta com a realidade, de um momento contextualizado em uma foto, onde se percebe, vãos em dois pavimentos, cercados de solidão.

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