Por Kleber Karpov
Os generais Augusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira foram presos, na tarde desta terça-feira (25/Nov), para o cumprimento das penas impostas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no âmbito da ação penal sobre a trama golpista. A detenção ocorreu após o ministro Alexandre de Moraes determinar a execução imediata das sentenças, dado o reconhecimento do trânsito em julgado das condenações, que não cabem mais recursos.
Custódia militar
O Exército Brasileiro conduziu os dois oficiais-generais ao Comando Militar do Planalto (CMP), em Brasília, onde permanecerão detidos. A operação foi supervisionada por militares de alta patente para garantir o cumprimento dos protocolos institucionais.
Augusto Heleno, ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), deve cumprir pena de 21 anos de reclusão. Já Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa e ex-comandante do Exército, recebeu sentença de 19 anos. Ambos iniciarão o cumprimento em regime fechado.
Apesar da rigidez da pena, as instalações no CMP seguem o padrão de “sala de Estado-Maior”, ambientes descritos como austeros e destinados à manutenção da disciplina militar, sem o caráter de presídio comum.
Fim dos recursos
A prisão marca o desfecho processual para o chamado “Núcleo 1” da tentativa de golpe de Estado. O STF oficializou o trânsito em julgado após as defesas não apresentarem novos recursos dentro do prazo legal, encerrado na segunda-feira (24).
A decisão de Moraes alinha-se ao entendimento de que, esgotadas as possibilidades de apelação, a execução da pena deve ser imediata para garantir a efetividade da Justiça.
Situação dos demais condenados
A medida judicial também impacta outros nomes centrais da gestão anterior. O ex-presidente Jair Bolsonaro, o ex-ministro Anderson Torres e o deputado federal Alexandre Ramagem também tiveram o fim de seus processos decretado e aguardam os trâmites para a execução de suas respectivas penas.
O general Walter Braga Netto, condenado a 26 anos por tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, já se encontra preso preventivamente desde dezembro do ano passado em uma unidade militar no Rio de Janeiro. Segundo fontes militares, ele deve permanecer na capital fluminense.
Kleber Karpov, Fenaj: 10379-DF – IFJ: BR17894
Mestrando em Comunicação Política (Universidade Católica Portuguesa/Lisboa, Portugal); Pós-Graduando em MBA Executivo em Neuromarketing (Unyleya); Pós-Graduado em Auditoria e Gestão de Serviços de Saúde (Unicesp); Extensão em Ciências Políticas por Veduca/ Universidade de São Paulo (USP);Ex-secretário Municipal de Comunicação de Santo Antônio do Descoberto(GO); Foi assessor de imprensa no Senado Federal, Câmara Federal e na Câmara Legislativa do Distrito Federal.










