20.5 C
Brasília
11 jul 2025 14:41

Distritais de vários partidos criticam propostas do GDF

Por Marco Túlio Alencar

Deputados distritais dos mais diversos partidos subiram à tribuna, na sessão ordinária desta quarta-feira (6), para criticar propostas apresentadas pelo Governo do Distrito Federal, muitas ainda não concretizadas em projetos de lei, como o fim do passe livre estudantil no sistema de transporte urbano. Os parlamentares também atacaram a portaria que trata da “militarização” de escolas da rede pública de ensino.

O líder do Bloco Democracia e Resistência, deputado Chico Vigilante (PT) disse que “a cidade está em pé de guerra” desde que o GDF anunciou o fim do passe. “É preciso lembrar que a gratuidade nasceu da vontade dos estudantes”, salientou. Para Leandro Grass (Rede), a quantia que o governo pretende economizar extinguindo o passe livre – cerca de R$ 150 milhões – não cobrirá a renúncia que o GDF propõe com a redução do IPVA: R$ 349 milhões.

Por sua vez, Fábio Félix (PSol) chamou atenção dos colegas sobre o que considera o modus operandi do governo do DF: “Divulgam uma proposta muito ruim, que repercute na sociedade por meio da imprensa, e depois enviam o projeto para esta Casa, onde os deputados acabam dando alguma moderação à proposição e acreditam que estão fazendo um bem. O que precisamos é de um debate honesto”. Ele também defendeu a permanência do passe livre.

Na opinião da deputada Júlia Lucy (Novo), referindo-se à possibilidade de cortes no passe estudantil, o governo “lançou uma ameaça já no início do ano letivo”. A parlamentar reafirmou os princípios liberais do seu partido, mas declarou ser necessário considerar que a gratuidade para os estudantes “é um investimento em educação”. Ela sugeriu cortes de gastos para garantir o benefício e deu o exemplo: anunciou que não utilizará as verbas indenizatórias a que têm direito e abriu mão de 50% dos recursos para a contratação de assessores.

Escolas militares

Sobre a proposta de “militarização” das escolas, o deputado Leandro Grass fez um alerta à população. “Não se iludam: a ideia é colocar policiais no ambiente escolar, mas elas não se transformarão em estabelecimentos iguais aos que são geridos pelos militares”, pontuou, aludindo ao Colégio Militar e ao Colégio Pedro II.

A deputada Arlete Sampaio (PT) destacou que a portaria contém “erros processuais”, pois não leva em conta previsões legais da Lei Orgânica, da Lei de Diretrizes Orçamentárias, do Plano Distrital de Educação e da Lei de Gestão Democrática das Escolas. “O próprio documento reconhece a necessidade de uma lei distrital para a implantação da medida”, observou, lembrando que projetos pedagógicos exitosos acabaram com a violência em várias escolas do DF.

Fábio Félix atentou para uma experiência em um estabelecimento de ensino em Goiânia. “A polícia passou a atuar numa escola de uma região de baixa renda que acabou virando uma escola da classe média e dos filhos de militares”, avisou.

Por outro lado, o deputado Roosevelt Vilela (PSB) – que também se colocou contrário ao fim do passe estudantil – acredita que a presença dos militares nas escolas “vai levar tranquilidade aos professores”. O parlamentar sublinhou que a proposta do GDF “não é de militarização, mas de gestão compartilhada”.

Outros assuntos

O deputado Hermeto (PHS) evidenciou proposta de sua autoria que estabelece a Política Distrital de Segurança Pública e Defesa Social, nos moldes da política nacional que, segundo ele, prevê um prazo para implantação nas unidades da federação. “Quem não obedecer será impedido de receber recursos da União”, advertiu. O distrital listou uma série de dados que demonstram o aumento da violência no País e apoiou uma atuação cooperativa das forças de segurança. “É necessário, entre outros, o compartilhamento de informações”, justificou.

O deputado Jorge Vianna (Podemos) enumerou proposições de sua autoria que estão em tramitação na Câmara Legislativa: a obrigatoriedade da presença de intérpretes de Libras (Língua Brasileiras de Sinais) nos hospitais da rede pública; a colocação de brigadistas nas unidades hospitalares; e uma gestão descentralizada no setor de saúde, a exemplo do que já ocorre na educação.

Fonte: CLDF

Preço da gasolina cai após fiscalização do Procon no Distrito Federal

O Procon, órgão vinculado à Secretaria de Justiça e...

Cursos gratuitos do Detran-DF estão com inscrições abertas

Estão abertas as inscrições para os cursos Revisão para...

GDF deve contratar 2,8 mil cirurgias de hérnia e vesícula na rede complementar

A Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) publicou,...

Lula diz que Brics seguirá discutindo alternativas ao dólar

Por Pedro Rafael Vilela O presidente Luiz Inácio Lula da...

Ruanda celebra o Kwibohora 31: um marco de liberdade e reconstrução

Da Redação No dia 4 de julho, Ruanda celebra o...

Destaques

Brasília recebe primeira edição do Boxing Pro Combat com campeões olímpicos

Brasília será palco, no próximo dia 2 de agosto,...

Preço da gasolina cai após fiscalização do Procon no Distrito Federal

O Procon, órgão vinculado à Secretaria de Justiça e...

Cursos gratuitos do Detran-DF estão com inscrições abertas

Estão abertas as inscrições para os cursos Revisão para...

GDF inova com tecnologia em paradas de ônibus para consulta de horários do transporte público em tempo real

Por Karol Ribeiro A partir desta quinta-feira (10), dez paradas...

GDF deve contratar 2,8 mil cirurgias de hérnia e vesícula na rede complementar

A Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) publicou,...