Por Kleber Karpov
A Subsecretária de Segurança Alimentar e Nutricional da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedes), Vanderléa Cremonini, revelou, durante o 3º Seminário de Nutrição em Produção do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IGESDF), na sexta-feira (07/Nov), que o volume de refeições servidas nos restaurantes comunitários do DF quase dobrou em cinco anos. Segundo a gestora, a quantidade saltou de 7,5 milhões para mais de 14 milhões de refeições em 2025. O evento teve como foco as ações de combate à fome do GDF, o sucesso do programa Cartão Prato Cheio, além de promover o debate sobre as estratégias e desafios da política.
Vanderléa Cremonini apresentou as estratégias e os desafios da pasta para garantir o direito à alimentação adequada às famílias em situação de vulnerabilidade. O trabalho inclui o fortalecimento dos restaurantes comunitários nos últimos cinco anos. A iniciativa chegou a resultar na implementação de café da manhã e jantar em 15 das 18 unidades, além de atendimento aos domingos e feriados.
“Os 18 restaurantes comunitários em operação no DF se destacam por oferecer refeições saudáveis a preços acessíveis, e um grande volume de refeições servidas, que quase dobrou”, destacou Vanderléa Cremonini.
Indicadores e ampliação do Cartão Prato Cheio
A gestora também frisou a implementação do cadastro por CPF, a qual deve ser realizada gradualmente nas unidades. Este controle deve garantir que cada cidadão receba duas refeições por vez. “Isso nos ajuda a garantir também o direito à refeição grátis para as pessoas em situação de rua cadastradas nas unidades socioassistenciais”.
Vanderléa Cremonini detalhou ainda, o uso da Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (Ebia) na concessão do Cartão Prato Cheio. O indicador deve facilitar a identificação da situação do beneficiário nos Centros de Referência de Assistência Social (Cras). A adoção da Ebia padroniza os dados para pesquisas nacionais. O indicador serve como base para as políticas públicas de combate à fome e à pobreza, garantindo o foco nas famílias com maior necessidade.
De acordo com a gestora, o Cartão Prato Cheio alcançou 217 mil famílias atendidas em 2024. Número que representa um aumento expressivo em comparação às 36 mil famílias atendidas em 2020. O avanço ocorreu após o estudo e a readequação da política. O benefício passou de três parcelas de 250 reais para 18 parcelas. A mudança elevou o número de beneficiários para 130 mil famílias em 2025.
A gestora lembrou que a Sedes deve ser responsável pelas refeições das 72 unidades socioassistenciais do DF, a exemplo dos Centro de Referência de Assistência Social. (CRAS) e dos Centros de Referência Especializado para a População em Situação de Rua (Centros Pop). O fornecimento de cestas básicas para situações emergenciais é mantido pela Secretaria.
“O cartão Prato Cheio não extinguiu a cesta básica. De acordo com a avaliação em atendimento no Cras e caso não haja naquele momento vaga no programa, é liberada a entrega da cesta básica em caráter emergencial”, pontuou Vanderléa Cremonini.
A secretária de Desenvolvimento Social, Ana Paula Marra, avaliou a importância do seminário para a troca de experiências e a adoção de boas práticas que melhorem os serviços para a população. “A administração pública ganha porque passa a contar com um catálogo de boas práticas de implementação de serviços e ganha a população que tem um atendimento cada vez mais qualificado”, concluiu Marra.
Kleber Karpov, Fenaj: 10379-DF – IFJ: BR17894
Mestrando em Comunicação Política (Universidade Católica Portuguesa/Lisboa, Portugal); Pós-Graduando em MBA Executivo em Neuromarketing (Unyleya); Pós-Graduado em Auditoria e Gestão de Serviços de Saúde (Unicesp); Extensão em Ciências Políticas por Veduca/ Universidade de São Paulo (USP);Ex-secretário Municipal de Comunicação de Santo Antônio do Descoberto(GO); Foi assessor de imprensa no Senado Federal, Câmara Federal e na Câmara Legislativa do Distrito Federal.










