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02 maio 2024 00:22


DF registra 38 mortes por dengue e Ibaneis pede apoio da população

DF está sob decreto de situação de emergência, desde janeiro, condição que garante ao governador, possibilidade de realizar aquisições emergenciais de medicamentos e insumos

Por Kleber Karpov

Dados do boletim epidemiológico do Distrito Federal aponta que a capital do país registra um total de 38 óbitos por dengue, desde o início do ano até a data de atualização dos dados, publicados na segunda-feira (19/Fev). De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde do DF (SES-DF), outras 78 mortes estão sob investigação, suspeitas de serem ocasionadas pela doença.

Com o número, o governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), voltou a observar que o governo está a atuar no combate a dengue, mas que é imprescindível a colaboração da população. “Temos feito nossa parte, com limpeza, atendimento nas tendas, nas UPAs e nas UBSs. Mas precisamos do apoio da população”, disse Ibaneis ao Metrópoles.

Ranking nacional

Desde o início do ano, no país, o Distrito Federal se mantém no ranking em relação ao número de casos de dengue. Dados desta terça-feira (20/Fev), do Sistema Nacional de Informação de Agravos de Notificação (E-SUS Sinan), da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente, vinculada ao Ministério da Saúde (MS), aponta que o DF tem um Coeficiente de Incidência (CI) de 2.874,6 pessoas contaminadas pelo vírus para cada 100 habitantes. Numero esse 253,5% maior que Minas Gerais, na segunda colocação com CI de  1.132,9 casos, e 409% quando comparado ao Acre (701,4), ocupante da terceira posição.

Muito embora aos e considerar os casos prováveis, o DF assume a terceira posição com 80.979, atrás de Minas Gerais na primeira colocação com 232.683 e São Paulo com 117.571.

Emergência

O DF está sob decreto de situação de emergência, desde janeiro, o que garante ao governador, a possibilidade de realizar aquisições emergenciais a exemplo de insumos. Porém, antes mesmo de decretar estado de emergência, por parte de Rocha, a então governadora interina, Celina Leão (Progressista), na primeira semana de janeiro, após publiação do primeiro boletim epidemiológico do ano, deu início a força-tarefa conjunta entre diversos órgãos do governo para dar suporte as administrações regionais no atuação no combate aos focos do mosquito aedes aegypti. Além de promover o recolhimento de lixos e entulhos em áreas públicas e privadas.

Isso, porque na ocasião, dados da SES-DF apontavam que 94% dos focos de dengue estavam dentro das residências. Percentual esse, readequado aos levantamentos do MS, ao patamar de 75%. Dados esses que reforçam a importância da participação da população do DF no combate a epidemia de dengue o DF.

Assistência

O DF, acabou por reativar recursos utilizados durante a pandemia da Covid-19, a exemplo do Hospital de Campanha, instalado na Região Administrativa (RA) Ceilândia, por meio de colaboração entre a Secretaria de Saúde (SES-DF) e a Força Aérea, cedida pelo Governo Federal; da implantação de dezenas de tendas de acolhimento e hidratação, espalhadas nas RAs com alto índices de casos de dengue.

Rocha passou ainda, a gestão temporária, do Hospital Cidade do Sol (HSol), ao Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (IGESDF), esse por sua vez com a missão de ofertar leitos para assistência aos pacientes em condições mais graves.

A SES-DF por sua vez, também estendeu os horários de atendimentos de diversas Unidades Básicas de Saúde (UBS) para o turno noturno, em RAs com mais incidências de casos de dengue.

Vacinação

Considerada prioritária por parte do MS, o DF foi a primeira unidade da Federação a iniciar a vacinação contra a dengue. A imunização teve início em 9 de fevereiro, com abrangência de crianças de 10 e 11 anos. Imunização essa que ocorre em duas doses, com intervalo de três meses. Ao todo, 15 Unidades Básicas de Saúde (UBS) contam com equipes para aplicação da vacina.

Para receber a dose, não é necessário agendamento – basta comparecer a um dos pontos que fazem a aplicação do imunizante acompanhado dos pais ou responsáveis e apresentar um documento de identificação e a caderneta de vacinação.

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