Para entrar na lista de espera de transplante, o médico do paciente precisa cadastrá-lo em uma lista única. Os receptores (pacientes que estão na lista) são separados de acordo com as necessidades e conforme o órgão que precisa, tipos sanguíneos e outras especificações técnicas.

O paciente se torna um possível doador quando preenche os requisitos estabelecidos no protocolo médico que evidencia a morte encefálica, para doação de órgãos; e a morte cardíaca ou encefálica, para doação de tecidos. Mas, o que realmente define é a decisão da família. Segundo a diretora, se o indivíduo quer ser um doador, é essencial deixar, em vida, essa vontade bem clara, pois, na prática, são os familiares que autorizam o procedimento.

Prioridade

Tanto no Sistema Único de Saúde (SUS) quanto na rede complementar, o paciente entra na lista de transplantes por meio da inserção de seu nome no Sistema Nacional de Transplantes (SNT) pela equipe transplantadora que o avaliou.

O sistema de lista única tem ordem cronológica de inscrição, sendo os receptores selecionados desse modo, em função da gravidade ou da compatibilidade sanguínea e genética com o doador. Porém, a distribuição depende de outros critérios além do tempo na fila, que variam de acordo com o órgão a ser transplantado e suas devidas necessidades.

Os critérios de desempate são diferentes de acordo com o tipo de órgão ou de tecido. A gravidade é motivo de priorização ou de atribuição de um caso especial. Além disso, o público infantil tem prevalência quando o doador também é criança ou quando estão concorrendo com adultos.

“Havendo um doador, o sistema informatizado do SNT gera uma lista de pacientes compatíveis de acordo com tipo sanguíneo, peso e altura. Essa lista é do próprio estado, pois a prioridade é de o órgão ficar no estado em que foi doado”, explica Christmann. “Em seguida, são analisadas equipes para o recebimento do órgão e exames dos possíveis receptores. Se não houver, a Central Estadual de Transplantes oferta aquele órgão para a Central Nacional de Transplantes”, complementa a diretora.

É possível acompanhar a posição e a evolução da lista de espera, pelo site do STN. Basta clicar em “Prontuário do Paciente” e selecionar o cadastro técnico referente ao tipo de transplante inscrito. Para realizar a consulta, o paciente deverá ter em mãos o número do Registro Geral da Central de Transplantes (RGCT), data de nascimento e o CPF.