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26 abr 2024 18:30


Eleição de Ibanes para GDF deve receber uma ‘forcinha’ de Michel Temer

‘Outsider’ na Política, nome de Dr. Ibaneis  deve mexer no desenho das composições para disputa ao GDF para 2018

Por Kleber Karpov

O tabuleiro político para a disputa ao GDF em 2018 trouxe a tona o nome do ex-presidente da Ordem dos Advogados de Brasília (OAB-DF), Ibaneis Rocha Barros Junior, recém integrado ao PMDB-DF. Além de criar mal estar, sobretudo dentro do PMDB, sob sigilo de identidade, fonte palaciana afirma que o presidente Michel Temer articula, com o cacique do Partido da Republica (PR) Valdemar Costa Neto, apoio ao nome de Dr. Ibaneis para o governo do DF, o que deve mexer com os ânimos dos atuais pré-candidatos majoritários.

De acordo com a fonte, Michel Temer deve ceder a condução de um ministério ao PR e, em troca, o partido endossará o nome de Dr. Ibanes, para a disputa majoritária no DF. Nesse contexto,  o medico, ex-secretário de saúde e ex-deputado federal, Jofran Frejat (PR), segundo nome mais expressivo para a disputa de possível sucessão ao atual governador do DF, Rodrigo Rollemberg (PSB) pode ficar de escanteio. Atualmente Frejat lidera, imediatamente após o Antônio Reguffe (Sem partido), as pesquisas de intenções de votos para comandar o Executivo. Reguffe, por sua vez afirma que deve concluir o mandato de senador até o final de 2021.

Reações adversas

Dentro do próprio PMDB, o vice-presidente da Câmara Legislativa do DF, deputado distrital, Wellington Luiz, atual secretário geral do partido que reagiu e, sem citar nomes, por meio de uma ‘Carta Aberta ao Partido e População do DF’, criticou a postura do presidente, Tadeu Fillipelli.

CARTA ABERTA AO PARTIDO E POPULAÇÃO DO DF

No DF, nenhum partido é maior que o PMDB. E, partindo dessa premissa, se faz necessário pensar o futuro político daqueles que participam da estrutura partidária, pensando no conjunto do grupo, e não nos desejos pessoais de cada um. Se acaso há desordem interna ou perda de foco por questões pontuais não se faz reparos ou ajustes no partido, importando à quem pode muito os seus interesses pessoais, visando campanhas futuras.
Nosso last
ro se escora na história democrática do partido e muito mesmo na reverência às personalidades vinculadas ao amor à democracia e observância ao que se deve destinar uma agremiação partidária. 
Não podemos permitir que o desejo pessoal de alguns seja maior que o ideal inalienável e republicano do PMDB.
O Povo de Brasília merece respeito e espera muito mais de um Partido que prega seriedade.

Wellington Luiz
Deputado Distrital
Secretário geral do PMDB

A reação de Wellington Luiz ocorre pois o peemedebista, em ascensão política chegou a ser cogitado para disputar majoritariamente a vice-governadoria, nas próximas eleições do DF. Algo que deve ficar comprometido com a ‘importação’ de Dr. Ibaneis para o PMDB. Sobretudo, após a suposta articulação de Michel Temer, para coligar PMDB e PR com o ex-presidente da OAB-DF como cabeça de chapa, algo a ser confirmado ainda nessa semana.

Ainda no rol das reações adversas, entram Jofran Frejat que pode ser ‘jogado’ para uma vaga à vice-governador ou ao Senado. Mas vale lembrar há poucos meses deixou claro: “Sou vascaino, mas não quero ser vice de jeito nenhum”.

Mas caso se confirme a suposta articulação de Temer eTadeu Filippelli para garantir a Ibaneis a disputa pela vaga de governador do DF também deve atingir em cheio a relação com outras agremiações partidárias, a exemplo do PSDB, PTB, PP, DEM, que compõem um grupo de agremiações partidárias que tentam impedir a reeleição de Rollemberg.

Barba de molho

Caso se confirme a entrega de mais um ministério ao PR que , atualmente comanda o Ministério dos Transportes, sob gestão de Maurício Quintella Lessa (PR-AL), quem deve colocar a ‘barba de molho’é o PSDB.

A bancada do centrão pressiona o Planalto a dar uma ‘lição’ no PSDB, uma vez que dos 47, a maioria, 23 deputados federais da bancada peessedebista votaram contra o relatório do deputado Bonifácio de Andrada (PSDB-MG), na segunda denúncia do então procurador da Procuradoria Geral da República (PGR), Rodrigo Janot, contra Michel Temer. Na primeira, 21 foram contrários ao relatório do deputado federal Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG).

Atualmente o PSDB tem o comando de quatro ministérios: Relações Exteriores (Aloysio Nunes), Cidades (Bruno Araújo), Direitos Humanos (Luislinda Valois) e Secretaria de Governo(Antonio Imbassahy).

Vale observar que Temer pode aproveitar o desgaste da ministra das Relações Exteriores, a desembargadora aposentada, Luislinda Valois, ao referenciar o trabalho escravo, para justificar o pedido de acumular o salário de ministra ao de desembargadora aposentada, algo que soma cerca de R$ 60 mil e ultrapassa o teto remuneratório.

Política Distrital (PD) solicitou informações à Presidência da República e a Tadeu Fillipelli sobre o assunto, mas até o momento da publicação da matéria não houve retorno.

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