Por Kleber Karpov
Servidores da Carreira de Gestão e Assistência Pública à Saúde (GAPS) criticaram o Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de Brasília (SindSaúde-DF) pelo baixo engajamento na divulgação da assembleia da categoria. O ato está agendado para esta terça-feira (03/Dez), em frente à Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF). A mobilização tem o objetivo de pressionar o Governo do Distrito Federal (GDF) a enviar o Projeto de Lei referente ao acordo de reestruturação da carreira GAPS.
A manifestação é um desdobramento de assembleia realizada em 26 de novembro, no Clube da Saúde. Na ocasião, a categoria deliberou pela paralisação das atividades durante todo o dia de mobilização na CLDF.
A proposta acordada com o Movimento Unificado , que contou com a articulação do deputado distrital Jorge Vianna (PSD), prevê um reajuste de 15% da carreira GAPS. O texto também estabelece a redução dos padrões da carreira de 25 para 18, nos mesmos moldes aplicados aos técnicos de enfermagem.
Vale ressaltar que os técnicos de enfermagem recebem o reajuste desde outubro do ano passado. A categoria GAPS, no entanto, aguarda a concretização do acordo firmado com a Secretaria de Economia após a assembleia de 12 de fevereiro.
Impasse com o governo
A implementação da reestruturação estava prevista inicialmente para maio. O governo adiou o prazo sob a justificativa de existência de problemas no índice da Receita Corrente Líquida (RCL) e falta de certidão positiva pelo Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF). Posteriormente, se cogitou o mês de novembro para o início do pagamento. O governo frustrou novamente a expectativa da categoria.
Em reunião no dia 12 de novembro, o chefe da Casa Civil, Gustavo Rocha, e o secretário de Estado de Economia do DF (SEEC-DF), Daniel Izaias, reafirmaram a negativa de aumento para este ano. Na ocasião, na presença do deputado Jorge Vianna, os gestores informaram que apenas a partir de 2026 poderiam reavaliar o cumprimento do acordo.
Críticas à entidade sindical
Diante do cenário, a categoria se organizou para exigir uma postura mais incisiva do SindSaúde-DF, que sugere ser detentor da carta sindical de representação da GAPS. Relatos de presentes na última assembleia indicam que os dirigentes sindicais estavam visivelmente desconfortáveis e acuados com as cobranças dos servidores.
A convocação da nova assembleia em frente à CLDF surgiu como resposta à pressão da base. Os servidores, contudo, apontam apatia da entidade em fortalecer a divulgação e realizar o trabalho de convencimento direto.
As reclamações incluem desde a falta de previsão de “indicativo de greve”, essa ponderada diretamente por colaborador da categoria GAPS ao PDNews, sob sigilo de identidade, no que tange a convocação oficial da Assembleia Geral Extraordinária (AGE), à falta de instruções claras, ausência de comando organizado e falhas no apoio logístico, como a distribuição de material informativo e a disponibilização de transporte.
Para os servidores da categorai GAPS, tal postura levanta suspeitas entre os servidores de que o próprio sindicato não desejaria o êxito da iniciativa. Nos bastidores, cogita-se que a baixa divulgação pode ser uma estratégia para evitar a presença de oficiais de justiça, visto que existem ações de execução contra membros do sindicato.
Confiram a convocação do Sindicato:

Kleber Karpov, Fenaj: 10379-DF – IFJ: BR17894
Mestrando em Comunicação Política (Universidade Católica Portuguesa/Lisboa, Portugal); Pós-Graduando em MBA Executivo em Neuromarketing (Unyleya); Pós-Graduado em Auditoria e Gestão de Serviços de Saúde (Unicesp); Extensão em Ciências Políticas por Veduca/ Universidade de São Paulo (USP);Ex-secretário Municipal de Comunicação de Santo Antônio do Descoberto(GO); Foi assessor de imprensa no Senado Federal, Câmara Federal e na Câmara Legislativa do Distrito Federal.










