Por Kleber Karpov
A Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF) e a Polícia Federal (PF) assinaram, na sexta-feira passada (14/Nov), o Memorando de Entendimento do programa Guardiões da Infância. O acordo firma a continuidade da parceria entre as instituições. O objetivo principal é estabelecer diretrizes para a cooperação e a capacitação no combate aos crimes cibernéticos que afetam o público infantojuvenil.
A iniciativa, desenvolvida desde 2024, foca em crimes relacionados a abuso sexual, crimes de ódio e outros que atingem crianças e adolescentes. A secretária de Educação do DF, Hélvia Paranaguá, e o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, firmaram a parceria em solenidade.
Prioridade da comunidade escolar
Ao assinar o documento, a secretária de Educação, Hélvia Paranaguá, destacou a importância do acordo para a comunidade escolar e para as famílias. “Este é um momento muito importante para nós, para a sociedade inteira, a começar pelas famílias, que precisam ser os primeiros guardiões das crianças. Protegê-los é um dever de todos, não só do Estado — mas na ausência da família, nós temos que ir além e levar condição e capacitação para que os nossos profissionais de educação possam intervir junto a essas situações que têm se tornado corriqueiras, infelizmente, nas nossas escolas públicas, privadas e na nossa sociedade”, disse Hélvia Paranaguá, ao destacar a relevância do documento.
Capacitação e ambiente digital
O programa Guardiões da Infância tem realizado capacitações para profissionais da educação e agentes envolvidos na proteção de crianças e adolescentes há mais de um ano. Já foram realizadas 665 palestras, que resultaram na formação de 43.168 pessoas.
Na rede pública do DF, o projeto já formou 1.564 adolescentes e 790 professores. Atuando de forma voluntária, os policiais federais têm levado a cultura digital para as escolas e também para as famílias. O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, destacou o simbolismo da proposta.
“Essa proposta simboliza o compromisso da PF e da SEEDF com a promoção da segurança e da defesa dos direitos humanos”, afirmou Andrei Rodrigues. Ele lembrou que os abusos a crianças e adolescentes se tornaram desafios urgentes, sobretudo no ambiente digital.
Em relação à disseminação de intolerância e violência na internet, Rodrigues complementou que: “A atuação da Polícia Federal torna-se cada vez mais estratégica e multidisciplinar, envolvendo não apenas a repressão penal, mas a prevenção e a educação digital”.
Próximos passos e alcance familiar
A chefe da Assessoria Especial da Cultura de Paz nas Escolas, Ana Beatriz Goldstein, explicou os próximos passos do programa para 2026. “A partir de março do ano que vem, vamos fazer um calendário integrado com orientações e formações para estudantes, profissionais e famílias”, anuncia Ana Beatriz Goldstein.
A intenção é que essas capacitações cheguem até os Centros de Referência de Assistência Social (Cras) e os Centros de Referência Especializados em Assistência Social (Creas). A assessora explicou que quando a família não pode se dirigir à escola, a iniciativa deve ir até ela.
Kleber Karpov, Fenaj: 10379-DF – IFJ: BR17894
Mestrando em Comunicação Política (Universidade Católica Portuguesa/Lisboa, Portugal); Pós-Graduando em MBA Executivo em Neuromarketing (Unyleya); Pós-Graduado em Auditoria e Gestão de Serviços de Saúde (Unicesp); Extensão em Ciências Políticas por Veduca/ Universidade de São Paulo (USP);Ex-secretário Municipal de Comunicação de Santo Antônio do Descoberto(GO); Foi assessor de imprensa no Senado Federal, Câmara Federal e na Câmara Legislativa do Distrito Federal.










