Por Kleber Karpov
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), por meio de seu Departamento de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (Decor), intensificou as ações de descapitalização de grupos criminosos, resultando no bloqueio de mais de R$ 410 milhões em bens e valores até outubro de 2025. A cifra, que representa um aumento expressivo em relação aos R$ 183,6 milhões bloqueados no mesmo período de 2024, reflete a estratégia de asfixia financeira de organizações que atuam no Distrito Federal.
Estratégia e integração
O montante bloqueado inclui imóveis, veículos de luxo, dinheiro em espécie e ativos financeiros, todos obtidos por meio de atividades ilícitas como corrupção, lavagem de dinheiro e tráfico de drogas. As medidas, autorizadas pela Justiça, são fruto de um trabalho de inteligência financeira e de integração com a Secretaria de Segurança Pública (SSP-DF), o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) e a Receita Federal.
O secretário de Segurança Pública, Sandro Avelar, afirmou que o combate ao crime organizado é uma prioridade do governo. “O trabalho da PCDF, aliado ao esforço conjunto das forças de segurança e órgãos de controle, demonstra o compromisso do Governo do Distrito Federal em promover uma segurança pública mais eficiente e transparente”, destacou o secretário.
Desmonte das estruturas
O foco das operações é desarticular a base econômica que sustenta as facções. O diretor do Decor, delegado Leonardo Cardoso, explicou que o objetivo é atingir o núcleo financeiro dos grupos criminosos.
“Nosso objetivo é atingir o núcleo econômico dos grupos criminosos. Cada bem bloqueado ou apreendido representa um passo concreto no desmonte dessas organizações e na recuperação de recursos que pertencem à sociedade.”
Ao longo de 2025, o Decor deflagrou 16 operações que resultaram no sequestro de 101 imóveis e 317 veículos, além da apreensão de mais de R$ 31,4 milhões em espécie e em contas bancárias.
O diretor-geral da PCDF, José Werick, ressaltou a importância da cooperação entre as instituições. “A união entre os órgãos de segurança e controle tem se mostrado fundamental para atingir resultados expressivos. A atuação conjunta amplia a capacidade de investigação e reduz a impunidade de crimes de alto impacto financeiro”, concluiu o delegado.
Kleber Karpov, Fenaj: 10379-DF – IFJ: BR17894
Mestrando em Comunicação Política (Universidade Católica Portuguesa/Lisboa, Portugal); Pós-Graduando em MBA Executivo em Neuromarketing (Unyleya); Pós-Graduado em Auditoria e Gestão de Serviços de Saúde (Unicesp); Extensão em Ciências Políticas por Veduca/ Universidade de São Paulo (USP);Ex-secretário Municipal de Comunicação de Santo Antônio do Descoberto(GO); Foi assessor de imprensa no Senado Federal, Câmara Federal e na Câmara Legislativa do Distrito Federal.










