A Feira da Torre de TV, ponto tradicional de Brasília, agora abriga a Loja Colaborativa Cerrado Feminino – um novo espaço dedicado ao empreendedorismo feminino. O espaço, inaugurado neste sábado (14), é fruto de uma parceria entre a Secretaria da Mulher (SMDF), o Instituto BRB e o Sebrae-DF, e vai funcionar aos sábados e domingos, das 9h às 17h, nos boxes 95 e 96 do bloco C.
A proposta é oferecer visibilidade e oportunidade a mulheres artesãs e manualistas do Distrito Federal em situação de vulnerabilidade. Nesta primeira etapa, 80 participantes foram selecionadas por chamamento público da SMDF, com curadoria do Sebrae-DF. A cada trimestre, grupos de 20 se revezarão no atendimento ao público. A estreia contou com produtos que vão de bordados e cerâmicas a roupas e itens de decoração, como quadros e peças em macramê.
Durante a cerimônia de abertura, a vice-governadora Celina Leão destacou o impacto do projeto: “Essa loja representa mais do que um espaço de vendas – ela simboliza independência, valorização e oportunidade. Muitas dessas mulheres passaram por situações difíceis e agora têm a chance de mostrar seu talento e garantir sua própria renda. Tenho certeza de que, com todo esse talento, esse espaço colaborativo será um sucesso”.O evento de inauguração teve show da banda Maria vai Casoutras, brinquedos infláveis para as crianças e degustação de quitutes produzidos por mulheres do campo atendidas pela SMDF.
Para a secretária da Mulher, Giselle Ferreira, a loja é uma ferramenta concreta de fortalecimento da autonomia econômica feminina. “Esta iniciativa é parte de uma política mais ampla de enfrentamento à desigualdade de gênero. A autonomia financeira é uma ferramenta fundamental no combate à violência contra a mulher. Quando damos condições para que elas se sustentem, estamos também salvando vidas”, afirmou. Ela também ressaltou a importância da articulação com o Sebrae e o BRB para viabilizar a ação.
A artesã Idalina Rodrigues, de 74 anos, representou as expositoras na inauguração. “Muitas artesãs maravilhosas produzem suas peças e não sabem como ou onde vender. Essa oportunidade veio para nós, mulheres de fibra, como uma bênção. Só quero agradecer a todos aqui presentes”, disse.