Neste domingo (4), o Estádio Nacional Mané Garrincha – Arena BRB Brasília será o palco do lançamento oficial da campanha Cartão Vermelho para o Racismo, iniciativa da Secretaria de Justiça e Cidadania do Distrito Federal (Sejus-DF), em parceria com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF). A ação visa ampliar a conscientização e o enfrentamento ao racismo no esporte, começando pelo futebol, e lançando as bases para um modelo nacional que poderá ser replicado em outras unidades da Federação.
Com o lema “Não é só falta grave, é cartão vermelho para o racismo”, a campanha será apresentada ao público em um grande gesto simbólico, minutos antes do jogo entre Vasco e Palmeiras, às 16h. Os jogadores das duas equipes entrarão em campo com uma faixa com a mensagem da campanha. Em seguida, autoridades, atletas e torcedores – um público estimado em 50 mil pessoas – levantarão simultaneamente cartões vermelhos como um protesto coletivo de repúdio a qualquer forma de discriminação racial. Os cartões serão distribuídos nas entradas do estádio.
Como parte desse compromisso, o GDF sancionou recentemente a Política Distrital de Prevenção e Combate ao Racismo nos Estádios – a Lei Vinícius Júnior –, que estabelece diretrizes para a promoção de ambientes esportivos mais justos e inclusivos.
Essa campanha é o início de uma cooperação que será ampliada nos próximos meses com a realização de cursos de letramento racial e um amplo debate com clubes esportivos. A proposta é desenvolver e implementar um modelo no DF que possa servir como referência nacional para espaços do futebol, fortalecendo a prevenção e a resposta a episódios de racismo dentro e fora dos estádios.
“O lançamento da campanha Cartão Vermelho para o Racismo simboliza a força de uma sociedade que não aceita mais o silêncio diante do preconceito. A parceria com a CBF reforça essa construção coletiva e o modelo que estamos desenvolvendo será um marco no enfrentamento ao racismo nos estádios. Estamos implementando uma política pública pioneira, que une prevenção, educação e ação institucional para transformar, de forma definitiva, a cultura do esporte”, afirmou a secretária de Justiça e Cidadania do DF, Marcela Passamani.