Por Kleber Karpov
O Distrito Federal registrou uma queda de 7,1% nos casos de sífilis adquirida em 2024, mas, em contrapartida, um aumento de 2,7% na forma congênita, transmitida da mãe para o feto. Dados do Boletim Epidemiológico da Secretaria de Saúde (SES-DF) indicam que, enquanto a sífilis em gestantes caiu 17,1% no mesmo período, a transmissão vertical cresceu, o que reforça a urgência do diagnóstico e tratamento adequados.
Os números foram divulgados em alusão ao Dia Nacional de Combate à Sífilis e à Sífilis Congênita, celebrado no terceiro sábado de outubro. A enfermeira Daniela Magalhães, responsável técnica pela área na SES-DF, afirma que a campanha foca na proteção de gestantes e bebês. “A prevenção da transmissão vertical é o principal foco do outubro verde”, destacou.
Segundo a profissional, pessoas com vida sexual ativa devem realizar a testagem com frequência. “É preciso testar pelo menos uma vez ao ano. Outro momento para realizar o exame é sempre que houver prática sexual desprotegida ou na presença de sinais e sintomas, como feridas na genitália e manchas na pele sem causa definida”, orienta.
A doença

A sífilis é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) curável, causada pela bactéria Treponema pallidum. A transmissão ocorre por relação sexual desprotegida ou da mãe não tratada, ou tratada inadequadamente, para o feto durante a gestação. Em estágios avançados, a doença pode causar lesões cutâneas, ósseas, cardiovasculares e neurológicas, podendo levar à morte.
Fases e sintomas
Na fase primária, surgem feridas que não doem ou coçam, geralmente entre 10 e 90 dias após o contágio. Elas desaparecem sozinhas, criando uma falsa impressão de cura. No segundo estágio, que ocorre meses depois, surgem manchas pelo corpo, inclusive nas palmas das mãos e plantas dos pés, além de febre e mal-estar. A última fase pode se manifestar décadas após a infecção com complicações graves.
Diagnóstico e tratamento
O teste rápido para sífilis está disponível gratuitamente em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBSs), com resultado em no máximo 30 minutos. O tratamento, realizado com penicilina benzatina, também é ofertado na rede pública e é crucial para a cura. A principal forma de prevenção é o uso de preservativo.
De 2020 a 2024, o Distrito Federal registrou mais de 14 mil casos de sífilis adquirida, 5,4 mil casos em gestantes e 1,4 mil da forma congênita.
Kleber Karpov, Fenaj: 10379-DF – IFJ: BR17894
Mestrando em Comunicação Política (Universidade Católica Portuguesa/Lisboa, Portugal); Pós-Graduando em MBA Executivo em Neuromarketing (Unyleya); Pós-Graduado em Auditoria e Gestão de Serviços de Saúde (Unicesp); Extensão em Ciências Políticas por Veduca/ Universidade de São Paulo (USP);Ex-secretário Municipal de Comunicação de Santo Antônio do Descoberto(GO); Foi assessor de imprensa no Senado Federal, Câmara Federal e na Câmara Legislativa do Distrito Federal.










