Por Kleber Karpov
A Polícia Federal (PF) informou ao Supremo Tribunal Federal (STF), neste sábado (27/Dez), que não conseguiu localizar o presidente do Instituto Voto Legal (IVL), Carlos Cesar Moretzsohn Rocha. O engenheiro deve cumprir mandado de prisão domiciliar expedido pelo ministro Alexandre de Moraes, mas os agentes constataram que o investigado não reside mais no endereço informado às autoridades em São Paulo.
O mandado de prisão ocorre após a condenação de Rocha a sete anos e seis meses de reclusão. O presidente do IVL deve responder por participação em trama golpista durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro. De acordo com o relatório policial enviado ao gabinete de Moraes, a defesa do condenado alegou desconhecer o paradeiro atual do cliente, que teria se recusado a fornecer o novo endereço aos próprios advogados.
Contexto da condenação
Carlos Rocha deve cumprir a pena por sua atuação em estudos contratados pelo Partido Liberal (PL) para contestar o resultado do primeiro turno das eleições de 2022 no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A investigação aponta que o instituto utilizou desinformação e dados técnicos distorcidos para sugerir, sem provas, a existência de fraudes no sistema de votação eletrônica brasileiro.
Até a expedição da nova ordem judicial, o presidente do IVL recorria da sentença em liberdade. Rocha integra uma lista de dez alvos que deveriam passar ao regime de monitoramento domiciliar por determinação da Suprema Corte neste final de semana.
Próximos passos judiciais
O ministro Alexandre de Moraes deve decidir, nos próximos dias, sobre a conversão da medida em prisão preventiva devido à evasão do condenado. A recusa em informar o domicílio à Justiça e à defesa técnica caracteriza, no entendimento dos investigadores, o risco de fuga e o descumprimento das condições impostas para o cumprimento da pena em regime aberto ou domiciliar.
A Polícia Federal deve manter diligências em território paulista para tentar capturar o engenheiro. Caso a localização não ocorra, o nome do presidente do IVL pode ser incluído em sistemas de alerta de fronteiras e aeroportos.
Kleber Karpov, Fenaj: 10379-DF – IFJ: BR17894
Mestrando em Comunicação Política (Universidade Católica Portuguesa/Lisboa, Portugal); Pós-Graduando em MBA Executivo em Neuromarketing (Unyleya); Pós-Graduado em Auditoria e Gestão de Serviços de Saúde (Unicesp); Extensão em Ciências Políticas por Veduca/ Universidade de São Paulo (USP);Ex-secretário Municipal de Comunicação de Santo Antônio do Descoberto(GO); Foi assessor de imprensa no Senado Federal, Câmara Federal e na Câmara Legislativa do Distrito Federal.










