Por Kleber Karpov
Brasília sediou, de terça (16/Set) a quinta-feira (18/Set), oficina de alinhamentos estratégicos do projeto de federalização da Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS), com o objetivo de integrar dados para transformar o funcionamento do Sistema Único de Saúde (SUS). Realizado no Conselho da Justiça Federal (CJF), o evento reuniu representantes de secretarias de saúde de diferentes estados e do Distrito Federal (DF) para trazer mais eficiência à gestão e segurança aos pacientes.
Integração nacional
Com a adesão, a Secretaria de Saúde do DF (SES-DF) terá acesso direto aos registros disponíveis na RNDS, que já acumula cerca de 2,4 bilhões de informações sobre atendimentos, exames, vacinas e prescrições. Oficializada em julho deste ano pelo Decreto nº 12.560, a Rede é a plataforma oficial de interoperabilidade do Ministério da Saúde (MS), criada para conectar diferentes sistemas em todo o país. O secretário de Saúde do DF, Juracy Lacerda, destacou a relevância da iniciativa: “A integração de dados é fundamental, primeiramente, para garantir a segurança do paciente. Mas também permite uma gestão mais eficiente dos recursos em saúde, reduz desperdícios e abre caminho para o uso de inteligência de dados e inteligência artificial, ferramentas que podem salvar vidas”.
Expansão

A etapa atual sucede um projeto piloto realizado no mês passado com oito estados — Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Pernambuco, Piauí, Santa Catarina e Tocantins — que já validaram soluções e utilizam os dados para a gestão local. Nos próximos 12 meses, as demais 18 unidades da federação e o DF integrarão o projeto. A secretária de Informação e Saúde Digital do MS, Ana Estela Haddad, ressaltou a importância do momento. “Considero este um dia histórico, pois marcamos um ponto de partida que impulsionará o trabalho com os dados. As equipes de todas as secretarias de saúde dos estados brasileiros, a partir da RNDS, poderão ter acesso aos dados de seus respectivos estados e municípios em tempo real ou quase em tempo real. Isso possibilitará a tomada de decisões estratégicas, o monitoramento de políticas públicas e a identificação de dados relevantes, como a busca ativa de cobertura vacinal”.
Debates e coordenação
Ao longo dos três dias, os participantes discutem aspectos técnicos e estratégicos da federalização, com debates sobre oportunidades, desafios estaduais e planejamento de fluxos de dados. O secretário executivo de Tecnologia da Informação em Saúde (Setis) da SES-DF, Deilton Silva, destacou o papel da capital no processo. “O DF assume papel de destaque por inaugurar e encerrar esse ciclo de oficinas. Nossa função, nesta etapa, é a coordenação geral, que inclui a organização do espaço, a logística e o apoio integral ao Ministério da Saúde em suas atividades. A previsão é que as atividades, abrangendo todos os estados, sejam concluídas até julho do próximo ano”, ressaltou.
Kleber Karpov, Fenaj: 10379-DF – IFJ: BR17894
Mestrando em Comunicação Política (Universidade Católica Portuguesa/Lisboa, Portugal); Pós-Graduando em MBA Executivo em Neuromarketing (Unyleya); Pós-Graduado em Auditoria e Gestão de Serviços de Saúde (Unicesp); Extensão em Ciências Políticas por Veduca/ Universidade de São Paulo (USP);Ex-secretário Municipal de Comunicação de Santo Antônio do Descoberto(GO); Foi assessor de imprensa no Senado Federal, Câmara Federal e na Câmara Legislativa do Distrito Federal.










