Por Kleber Karpov
A Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) registra, desde o início do ano, economia de até 25,6% na compra de medicamentos por meio de sua participação no Consórcio Brasil Central. A parceria com outros seis governos estaduais permite aquisições coletivas, resultando em preços mais baixos e garantindo o abastecimento de itens essenciais para a rede pública de saúde.
Economia e acesso
A redução de custos é observada em 77 medicamentos, além de insumos diversos. A hidroxiureia, usada no tratamento de câncer, teve o preço por cápsula reduzido em 24,5%. Já o ácido zoledrônico, também oncológico, apresentou uma queda de 25,6% por frasco, passando de R$ 318 para R$ 236. A economia se estende a fórmulas nutricionais, insumos odontológicos, órteses, próteses e até materiais básicos como seringas.
“Quanto maior o volume de compras, mais rápido é o acesso”, afirma o subsecretário de Atenção Integral à Saúde, Robinson Capucho Parpinelli. Ele ressalta o benefício direto para a população: “Com o mesmo poder aquisitivo, podemos comprar mais e, com isso, beneficiar mais pessoas”.

Parceria estratégica
Criado em 2015, o Consórcio Brasil Central une o Distrito Federal e os estados de Rondônia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Tocantins e Maranhão. A colaboração se dá por meio de atas de registro de preços, que permitem compras conjuntas, gerando negociações mais vantajosas devido ao grande volume de itens.
Segundo o subsecretário de Logística em Saúde, Matheus Carvalho, a adesão às atas do consórcio é uma prática complementar e relevante. “Atualmente, grande parte dos medicamentos destinados ao atendimento das farmácias do componente especializado apresentam menores valores nas aquisições realizadas via Consórcio”, destaca.
Garantia de abastecimento

A parceria tem se mostrado crucial para evitar o desabastecimento de itens essenciais. A SES-DF, que consome mensalmente, em média, 729,8 mil fraldas para adultos e 511,1 mil compressas de gaze, nem sempre consegue fornecedores em seus próprios pregões. As atas do consórcio já garantiram estoques que corriam risco de acabar.
A diretora de Programação de Medicamentos e Insumos para a Saúde, Tatiane Costa, cita o exemplo da amantadina, usada no tratamento da doença de Parkinson, cujo estoque nas Farmácias de Alto Custo foi assegurado pela iniciativa. “Essas atas se tornam a alternativa para manter a prestação da assistência a quem necessita”, conclui.
Kleber Karpov, Fenaj: 10379-DF – IFJ: BR17894
Mestrando em Comunicação Política (Universidade Católica Portuguesa/Lisboa, Portugal); Pós-Graduando em MBA Executivo em Neuromarketing (Unyleya); Pós-Graduado em Auditoria e Gestão de Serviços de Saúde (Unicesp); Extensão em Ciências Políticas por Veduca/ Universidade de São Paulo (USP);Ex-secretário Municipal de Comunicação de Santo Antônio do Descoberto(GO); Foi assessor de imprensa no Senado Federal, Câmara Federal e na Câmara Legislativa do Distrito Federal.










