Por Kleber Karpov
A Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) promoveu, nesta quarta-feira (10/dez), o I Fórum de Doença Avançada por Aids do Distrito Federal. O objetivo foi atualizar profissionais sobre o manejo clínico e terapêutico do estágio tardio da contaminação pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV). Nessa fase, ocorre imunossupressão grave, o que dificulta o tratamento de infecções e certos tipos de cânceres.
O evento, realizado no Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen), contou com a participação de profissionais do Serviço de Referência em HIV e Aids do Hospital Universitário de Brasília (HUB), Hospital de Base (HBDF), hospitais regionais de Taguatinga (HRT) e da Asa Norte (Hran), Centro Especializado em Doenças Infecciosas (Cedin) e policlínicas.
A médica infectologista da Gerência de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis (Gevist), Eveline Vale, destaca que a preparação é essencial. “Essa preparação é essencial porque ainda existem pessoas com diagnóstico tardio, fato que provoca adoecimento e óbito por aids. Portanto, é essencial que os profissionais se sensibilizem, reconheçam os sintomas precocemente, consigam acolher e tratar esses pacientes”, afirmou .

Estágio avançado
Pessoas com doença avançada pelo HIV enfrentam um risco aumentado de infecções graves e mortalidade, especialmente se não receberem diagnóstico e tratamento oportunos. O vírus, detectado cedo, não necessariamente deve evoluir para a aids, permitindo que seu portador, com o acompanhamento e a terapia adequados, leve uma vida de qualidade.
O último Boletim Epidemiológico da SES-DF, divulgado neste mês, indica que 42,6% dos casos de HIV, registrados entre 2020 e 2024 no DF, ocorreram em pessoas de 20 a 29 anos. No mesmo período, foram notificados mais de 3,8 mil casos de infecção pelo vírus e 1,1 mil casos de aids em residentes da capital, com 448 óbitos tendo a aids como causa básica.
A referência técnica distrital (RTD) de Medicina de Família e Comunidade da SES-DF, Camila Damasceno, endossa que o fórum auxilia os servidores de todos os níveis de atenção a oferecerem um atendimento com maior qualidade ou nos hospitais vai reconhecer com mais facilidade os sinais de doença avançada e o que fazer para prover o melhor cuidado possível àquele paciente]. O sanitarista Adriano Caetano acredita que o debate é fundamental para evitar óbitos.
Na rede pública, é possível ter acesso gratuito a preservativos internos e externos e testagem rápida por meio das Unidades Básicas de Saúde (UBSs). Há, ainda, tratamentos de Profilaxia Pós-Exposição de Risco (PEP) e Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) ao HIV.
Kleber Karpov, Fenaj: 10379-DF – IFJ: BR17894
Mestrando em Comunicação Política (Universidade Católica Portuguesa/Lisboa, Portugal); Pós-Graduando em MBA Executivo em Neuromarketing (Unyleya); Pós-Graduado em Auditoria e Gestão de Serviços de Saúde (Unicesp); Extensão em Ciências Políticas por Veduca/ Universidade de São Paulo (USP);Ex-secretário Municipal de Comunicação de Santo Antônio do Descoberto(GO); Foi assessor de imprensa no Senado Federal, Câmara Federal e na Câmara Legislativa do Distrito Federal.










