Por Kleber Karpov
A Organização Mundial da Saúde (OMS) publicou, nesta segunda-feira (01/Dez), nova diretriz que recomenda a inclusão de terapias com GLP-1, conhecidas como “canetas emagrecedoras”, no protocolo de tratamento da obesidade. A orientação valida o uso clínico dos medicamentos como parte de uma estratégia de longo prazo para adultos, exceto gestantes.
O documento estabelece que a prescrição farmacológica não deve ocorrer de forma isolada. A agência enfatiza que o uso dos análogos de GLP-1 deve estar obrigatoriamente associado a intervenções no estilo de vida, como a adoção de dieta balanceada e a prática regular de atividade física.
O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, ressaltou o caráter crônico da doença e a necessidade de cuidados abrangentes. Segundo o dirigente, embora a medicação não resolva sozinha a crise sanitária global, ela representa um instrumento auxiliar para reduzir danos.
Substâncias e critérios
A recomendação contempla três agentes principais: semaglutida, tirzepatida e liraglutida. O protocolo aplica-se a pacientes com Índice de Massa Corporal (IMC) de 30 ou mais. A medida amplia o escopo de decisão anterior, de setembro, que já incluía a semaglutida e a tirzepatida na lista de medicamentos essenciais para controle do diabetes tipo 2 em grupos de alto risco.
Barreiras e custos
A organização alertou para o impacto econômico da obesidade, projetado em US$ 3 trilhões anuais até 2030. Apesar da eficácia clínica, a OMS aponta o alto custo e a desigualdade de distribuição como obstáculos. A estimativa indica que as terapias com GLP-1 devem alcançar menos de 10% do público potencial até o final da década.
A agência informou que trabalhará com governos nacionais em 2026 para desenvolver políticas que priorizem o acesso aos tratamentos para as populações com maior risco de saúde.
Kleber Karpov, Fenaj: 10379-DF – IFJ: BR17894
Mestrando em Comunicação Política (Universidade Católica Portuguesa/Lisboa, Portugal); Pós-Graduando em MBA Executivo em Neuromarketing (Unyleya); Pós-Graduado em Auditoria e Gestão de Serviços de Saúde (Unicesp); Extensão em Ciências Políticas por Veduca/ Universidade de São Paulo (USP);Ex-secretário Municipal de Comunicação de Santo Antônio do Descoberto(GO); Foi assessor de imprensa no Senado Federal, Câmara Federal e na Câmara Legislativa do Distrito Federal.










