17.5 C
Brasília
12 maio 2025 05:05

HTLV: capacitação de servidores busca reduzir riscos de transmissão e garantir cuidado

DF se destaca na testagem do vírus linfotrópico de células T humanas (HTLV) em gestantes. Diagnóstico precoce previne contaminação de mãe para filho

Como parte da capacitação contínua de servidores da saúde, o Hospital Regional de Ceilândia (HRC) sediou a palestra HTLV: o que você precisa saber?, direcionada aos profissionais das Regiões de Saúde Oeste e Sudoeste. Promovido pelo Comitê de Transmissão Vertical da Região de Saúde Oeste nesta terça-feira (22), o evento abordou as formas de transmissão, prevenção e o acolhimento adequado de gestantes com diagnóstico positivo para o vírus linfotrópico de células T humanas (HTLV), uma infecção sexualmente transmissível (IST), da mesma família do vírus da imunodeficiência humana (HIV), que atinge as células de defesa do organismo.

No Distrito Federal, a Secretaria de Saúde (SES-DF) se destaca por realizar a testagem de todas as gestantes atendidas no pré-natal, estratégia essencial para prevenir a transmissão do vírus de mãe para filho. Apesar de não ser uma doença de alta incidência e, na maioria dos casos, assintomática, o diagnóstico precoce é crucial.

“Desde 2013, o DF disponibiliza o teste diagnóstico e confirmatório para HTLV durante o pré-natal. Além disso, há dois anos, o Laboratório Central de Saúde Pública [Lacen-DF] oferece o exame para a triagem e diagnóstico da população geral, não gestante”, explica Beatriz Luz, da Gerência de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis (Gevist) da SES-DF.

Diagnóstico

O exame para a detecção do HTLV é realizado no primeiro trimestre da gestação. Segundo Luz, com o diagnóstico precoce, é possível adotar medidas que interrompam a cadeia de transmissão vertical e evitem a contaminação da criança. Nos casos em que a mãe é diagnosticada com o vírus, o Ministério da Saúde recomenda que o teste sorológico seja realizado nas crianças a partir dos 18 meses de idade. Mesmo com o diagnóstico positivo da mãe, o bebê pode não desenvolver a doença. Crianças com diagnóstico positivo devem ser acompanhadas por uma equipe multidisciplinar para monitoramento da evolução do vírus.

Para a enfermeira e supervisora do Centro Obstétrico do HRC, Suely de Jesus Cotrim, o treinamento é fundamental aos profissionais que lidam diariamente com gestantes e parturientes. “A iniciativa de discutir o HTLV alerta sobre a necessidade de notificação dos casos e reforça que, embora seja uma doença de baixa prevalência, ela é grave e exige tratamento para proteger o bebê e evitar a transmissão vertical”, afirma.

Entre as medidas preventivas está a contraindicação da amamentação, substituída pela oferta de fórmula láctea infantil. “Orientamos a mãe a não amamentar, iniciamos o protocolo para inibir a produção de leite e o Sistema Único de Saúde (SUS) garante o fornecimento das latas de leite para a alimentação do bebê”, explica Sueli.

A palestra também contou com a participação da médica e consultora técnica do Ministério da Saúde, Mayra Aragon. “Falar sobre o HTLV é essencial, pois o vírus ainda é pouco conhecido pela população. Além disso, a orientação adequada às gestantes é fundamental para o sucesso das ações de prevenção”, destacou.

HTLV

Ainda que muitas pessoas permaneçam assintomáticas, o vírus pode causar doenças neurológicas degenerativas, dermatológicas, oftalmológicas, urológicas e até mesmo cânceres, como a leucemia/linfoma de células T do adulto (ATL).

O HTLV não tem cura e não há vacinas ou um tratamento com antivirais específicos. A assistência é voltada ao controle das doenças ocasionadas pelo vírus. O tratamento das pessoas infectadas envolve o acompanhamento por uma equipe multiprofissional, que inclui infectologistas, fisioterapeutas, neurologistas, entre outros.

A porta de entrada para acompanhamento de pessoas infectadas e testagem de HTLV em gestantes é a Unidade Básica de Saúde (UBS) de referência. A prevenção envolve uso de preservativos internos ou externos nas relações sexuais, não compartilhamento de agulhas, seringas ou outros objetos perfurocortantes e, em caso confirmado de HTLV em gestantes e puérperas, não amamentar o bebê, que deve ser alimentado por fórmula infantil.

Livro apoiado pelo FAC promove debate e visibilidade a pessoas com deficiência

Por Adriana Izel Piauiense radicada no Distrito Federal, a escritora...

Projeto Toca Literária do Cerrado tem inscrições abertas para a segunda edição

Por Fernando Jordão Estão abertas as inscrições para os interessados...

DF tem no Cadastro Único 263 mil famílias chefiadas por mães solo

O Distrito Federal tem 263 mil famílias monoparentais chefiadas...

Adolescentes não têm apoio para lidar com redes sociais, diz pesquisa

Por Luciano Nascimento  Uma pesquisa realizada em abril mostrou que...

Veja como declarar renda fixa, financiamento e criptomoeda no IR 2025

Por Edgard Matsuki No Tira-Dúvidas do IR 2025, é hora...

Destaques

Atletas olímpicos e talentos do DF brilham no Troféu Brasil de Ginástica Artística 2025

O Troféu Brasil de Ginástica Artística 2025 foi encerrado...

Dia das Mães reforça importância da doação de leite materno; saiba como doar

Neste Dia das Mães, o Governo do Distrito Federal...

Dia das Mães: Programas do GDF oferecem apoio às mães por meio de capacitação e serviços

Por Adriana Izel Ser mãe sempre representou, para a dona...

Livro apoiado pelo FAC promove debate e visibilidade a pessoas com deficiência

Por Adriana Izel Piauiense radicada no Distrito Federal, a escritora...

Projeto Toca Literária do Cerrado tem inscrições abertas para a segunda edição

Por Fernando Jordão Estão abertas as inscrições para os interessados...