Por Kleber Karpov
O Governo do Distrito Federal (GDF) registrou uma economia de 5,02 milhões de reais com a compra compartilhada de medicamentos por meio do Consórcio Brasil Central (BrC). As aquisições de 9 itens, nesse modelo, resultaram em uma redução média de 10,7% nos custos à rede pública de saúde. Tal resultado dessa parceria foi apresentado ao governador Ibaneis Rocha (MDB)(13/Nov), em reunião no Palácio do Buriti, entre os secretários de Saúde, Juracy Lacerda, de Governo, José Humberto Pires de Araújo, e do secretário-executivo do BrC, José Eduardo Pereira Filho.
Entre os anos de 2024 e 2025, a capital federal contabilizou uma economia média de 10,7% nas aquisições efetuadas, em modelo consorciado, por sete unidades da Federação. Além do DF, o BrC abrange os estados de Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia e Tocantins. Para Rocha, uma modalidade de compra que “tem dado certo”.
“Esse modelo tem dado certo e traz uma grande economia para os estados e o Distrito Federal. Foi uma aposta que fizemos lá atrás, quando presidi o Consórcio Brasil Central, e nós devemos dar continuidade”, disse Rocha.
Mecanismo de aquisição
Lacerda enfatizou o esforço da gestão em otimizar a integração com o grupo. “Nós temos buscado cada vez mais fortalecer essa integração com o consórcio. Sabemos que tem alguns medicamentos de alto custo que a gente não consegue comprar, a licitação dá deserto. Então, o consórcio vem para solucionar essa questão”, acrescentou Lacerda.
De acordo com secretário, a participação do DF nas compras conjuntas viabilizou a aquisição dos 92 medicamentos demandados pela Pasta. Destes, 17 produtos apresentaram uma redução média de 10,4% nos preços. Com a integração do consórcio, a administração pública consegue economia e rapidez para garantir o acesso ao medicamento por parte da população. “Então, estamos trabalhando para cada vez mais aumentarmos a compra desses itens desta forma”, disse Lacerda.
Ainda de acordo com Lacerda, os medicamentos adquiridos por meio do consórcio abrangem itens de oncologia, fármacos para arboviroses, a exemplo dos usados no tratamento da dengue, e medicações voltadas a doenças raras e judicializadas. A utilização do consórcio contribui para reduzir gastos com ações judiciais e racionalizar o tratamento continuado.
Tendência
O secretário-executivo do BrC por sua vez, ressaltou que o consórcio demonstra ampliação de sua atuação e conquista relevância nacional. “Somos um consórcio público que une sete unidades da Federação. Então, nós trabalhamos a transversalidade de políticas públicas e os números evoluíram bastante porque temos políticas muito bem definidas. Nós trabalhamos também na aquisição para segurança pública. Ou seja, o consórcio ganhou musculatura e hoje é um ente que traz efetivas soluções para os estados consorciados”, afirmou Filho, em referência à atuação da entidade.
Filho destacou ainda a contribuição do GDF para a estrutura do Consórcio e a atuação de Rocha, a frente da gestão da BrC entre os anos de 2021 e 2022, ao que classificou de uma “administração extremamente responsável e estruturante”. Além de ressaltar a contribuição ora prestada ao modelo.d
“Foram mudanças essenciais que ajudaram a alavancar iniciativas que hoje geram frutos diretos, como a economia de milhões de reais das compras compartilhadas e o acesso ampliado a medicamentos de alto custo. Mesmo atualmente, como consorciado, ele segue contribuindo ativamente na Assembleia de Governadores do BrC e acompanha de perto os resultados que sua gestão ajudou a construir”, avaliou Pereira Filho.
Êxito na licitação
Os dados apresentados evidenciam que, apenas na modalidade de Compra Compartilhada de Medicamentos, foram 156 medicamentos licitados em 2025. O valor global adjudicado alcançou 367 milhões de reais, com uma economia média de 18%. O Distrito Federal participou deste processo com 108 medicamentos solicitados, atingindo 86% de êxito na licitação. A iniciativa ampliou o acesso a 28 medicamentos que antes não possuíam a ata de registro de preços na rede pública local.
Outro destaque foi a Compra Compartilhada de Medicamentos para Arboviroses, que licitou 19 itens. Este programa proporcionou uma economia média de 9%. Ao somar os dois programas mencionados, o DF obteve 2,85 milhões de reais de economia nas aquisições.
Sobre o Consórcio Brasil Central, os estados de Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia, Tocantins e o Distrito Federal respondem juntos por 12,56% do Produto Interno Bruto (PIB) do país. O grupo reúne uma população de aproximadamente 27 milhões de pessoas. O governador Ibaneis Rocha presidiu o BrC entre 2021 e 2022.
Kleber Karpov, Fenaj: 10379-DF – IFJ: BR17894
Mestrando em Comunicação Política (Universidade Católica Portuguesa/Lisboa, Portugal); Pós-Graduando em MBA Executivo em Neuromarketing (Unyleya); Pós-Graduado em Auditoria e Gestão de Serviços de Saúde (Unicesp); Extensão em Ciências Políticas por Veduca/ Universidade de São Paulo (USP);Ex-secretário Municipal de Comunicação de Santo Antônio do Descoberto(GO); Foi assessor de imprensa no Senado Federal, Câmara Federal e na Câmara Legislativa do Distrito Federal.










