Por Kleber Karpov
A Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) realizou, nesta semana, o pré-lançamento da Linha de Cuidado do HTLV. O evento ocorreu na sede da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e teve como foco a sistematização da rede de serviços voltada aos portadores do vírus. O documento visa conciliar os diferentes níveis de atenção, desde a prevenção até o manejo clínico.
Integração de serviços
O encontro contou com rodas de debate e palestras sobre vigilância e fluxos de atendimento. Participaram da iniciativa profissionais de saúde de diversos órgãos distritais e nacionais, além de representantes da sociedade civil. A gerente de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis (Gevist), Beatriz Maciel, destacou a importância de organizar a trajetória do paciente no sistema.
“Isso inclui atenção primária, atenção especializada e hospitalar, além do apoio diagnóstico e da vigilância epidemiológica, permitindo orientar todo o caminho do paciente, passando pelos estágios de prevenção, diagnóstico e tratamento dos sintomas da doença. Com o documento, quem for diagnosticado com HTLV no DF terá uma rede organizada para ser acolhido e cuidado”, explicou Beatriz.


Tramitação e validação
O texto encontra-se em fase final de elaboração e resultou de grupos de trabalho com instituições como a Fundação Hemocentro de Brasília (FHB) e o Hospital Universitário de Brasília (HUB-UnB). O próximo passo envolve a validação pela Assessoria de Redes de Atenção à Saúde (Aras) e análise do colegiado da Subsecretaria de Atenção Integral à Saúde (SAIS).
Após as etapas internas, o material deve seguir para consulta pública antes da publicação oficial. Segundo a gestora da Gevist, a participação social constitui um ponto relevante para a consolidação da linha de cuidado.
Características da infecção
O HTLV é uma infecção sexualmente transmissível que atinge os linfócitos T do sistema imunológico. A transmissão ocorre por relações desprotegidas, compartilhamento de seringas, transfusão sanguínea ou aleitamento materno. Embora não exista cura, a rede pública oferece assistência para o controle das doenças decorrentes da infecção.
A legislação local avançou com a Lei nº 7.619, de 2024, que incluiu o teste de detecção no rol de exames obrigatórios do pré-natal. A SES-DF, no entanto, realiza a triagem e o teste confirmatório em gestantes desde 2013.

Kleber Karpov, Fenaj: 10379-DF – IFJ: BR17894
Mestrando em Comunicação Política (Universidade Católica Portuguesa/Lisboa, Portugal); Pós-Graduando em MBA Executivo em Neuromarketing (Unyleya); Pós-Graduado em Auditoria e Gestão de Serviços de Saúde (Unicesp); Extensão em Ciências Políticas por Veduca/ Universidade de São Paulo (USP);Ex-secretário Municipal de Comunicação de Santo Antônio do Descoberto(GO); Foi assessor de imprensa no Senado Federal, Câmara Federal e na Câmara Legislativa do Distrito Federal.










