Por Kleber Karpov
A celebração do Dia da Consciência Negra em 2025, instituída no calendário oficial do Distrito Federal (DF) pelo Decreto nº 46.529/2024, deve ocorrer entre 20 e 22 de novembro. Pela primeira vez, o evento ocupa a área externa do Museu Nacional da República. A programação, organizada pela Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus-DF) e pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec-DF), deve oferecer atividades gratuitas para se reforçar o legado de Zumbi dos Palmares e a importância do enfrentamento ao racismo.
A Sejus-DF deve dar destaque às atividades de conscientização e valorização da cultura negra. A agenda inclui uma série de palestras temáticas sobre cultura negra, história e políticas de igualdade racial, ministradas por especialistas.
Outro eixo central da programação é a realização de cursos de letramento racial. O conteúdo formativo deve abordar temas como direitos humanos, ancestralidade e práticas antirracistas no cotidiano. O evento também deve contar com a presença de idosos participantes do programa Viver 60+, coordenado pela Sejus, reforçando o acesso democrático e intergeracional.
Fortalecimento econômico
Deve ser disponibilizado um estande especial de afroempreendedorismo, onde artistas, artesãos e produtores negros do Distrito Federal terão espaço para expor e vender suas criações. O espaço reforça o compromisso da Sejus em fortalecer a autonomia econômica e criativa da população negra.
O público também deve participar de oficinas, rodas de conversa, painéis temáticos e vivências comunitárias, integrando formação, cultura e celebração. A Sejus-DF convidou o Conselho Distrital de Promoção da Igualdade Racial (Codipir) e entidades da sociedade civil para fortalecer o caráter plural e participativo da celebração.
A secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani, afirmou que o evento é um marco para as políticas de igualdade racial. “O Consciência Negra é um momento de celebração, mas também de reflexão profunda sobre a nossa história e os nossos desafios. A Sejus atua para garantir que esse espaço seja formativo, acolhedor e representativo, valorizando saberes, estéticas e expressões da população negra”, disse Marcela Passamani.
O subsecretário de Políticas de Direitos Humanos e de Igualdade Racial, Juvenal Araújo, ressaltou que as atividades formativas são caminhos de transformação coletiva. “As atividades que nós promovemos — como palestras, letramento racial, painéis e rodas de conversa — são instrumentos de mudança. São espaços de troca, educação e afirmação da identidade negra. Celebrar o 20 de novembro é reconhecer a nossa ancestralidade e projetar caminhos mais inclusivos para o futuro”, concluiu Juvenal Araújo.
A Sejus vem ampliando as políticas de promoção da igualdade racial no DF, com iniciativas como a implantação da cota de 20% para estagiários negros e a reserva de vagas em concursos públicos. O Programa de Letramento Racial da pasta já capacitou mais de 5 mil pessoas em práticas antirracistas.
Kleber Karpov, Fenaj: 10379-DF – IFJ: BR17894
Mestrando em Comunicação Política (Universidade Católica Portuguesa/Lisboa, Portugal); Pós-Graduando em MBA Executivo em Neuromarketing (Unyleya); Pós-Graduado em Auditoria e Gestão de Serviços de Saúde (Unicesp); Extensão em Ciências Políticas por Veduca/ Universidade de São Paulo (USP);Ex-secretário Municipal de Comunicação de Santo Antônio do Descoberto(GO); Foi assessor de imprensa no Senado Federal, Câmara Federal e na Câmara Legislativa do Distrito Federal.










