Por Kleber Karpov
A IX Conferência Distrital dos Direitos Humanos, realizada nos dias 2 e 3 de outubro, na Escola de Aperfeiçoamento dos Profissionais da Educação (EAPE), resultou na aprovação de 21 propostas que serão encaminhadas à etapa nacional. O encontro, promovido pelo Conselho Distrital de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos (CDPDDH), vinculado à Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus-DF), reuniu mais de 300 participantes para debater e formular políticas públicas.
Participação e diversidade
A nona edição do evento bateu recorde de público e destacou-se pela diversidade, com a participação expressiva de pessoas negras, indígenas, idosas, LGBTQIAPN+, ciganas e com deficiência. O encontro visou fortalecer a democracia participativa por meio da escuta ativa da sociedade civil, resultando na eleição de 27 delegados titulares e nove suplentes para representar o Distrito Federal na XIII Conferência Nacional de Direitos Humanos.
O psicólogo Igor Passos, que atua com populações em vulnerabilidade, ressaltou a importância do diálogo. “Além de ouvirmos sobre diversas questões de vulnerabilidade, aqui nós temos a oportunidade de discutir abertamente e construir soluções junto aos outros presentes”, afirmou.
Propostas aprovadas
Entre as propostas aprovadas nos seis eixos de discussão, destacam-se a criação de museus municipais sobre a memória da ditadura civil-militar e a definição de limites éticos para o uso de redes sociais no combate à desinformação. Foram aprovadas também moções para o fortalecimento da participação social com paridade de gênero e a criação de um Comitê Econômico Popular com poder deliberativo.
A secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani, enfatizou o papel do evento no fortalecimento democrático. “O diálogo aberto entre diferentes setores da sociedade amplia a compreensão dos desafios enfrentados e potencializa a construção coletiva de soluções efetivas e transformadoras em favor dos direitos humanos”, destacou a gestora.
Na abertura, o subsecretário de Políticas de Direitos Humanos e de Igualdade Racial, Juvenal Araújo, reforçou a relevância do controle social. “O diálogo e o controle social são pilares fundamentais para consolidar os direitos humanos e promover uma sociedade mais justa e igualitária”, afirmou.
Kleber Karpov, Fenaj: 10379-DF – IFJ: BR17894
Mestrando em Comunicação Política (Universidade Católica Portuguesa/Lisboa, Portugal); Pós-Graduando em MBA Executivo em Neuromarketing (Unyleya); Pós-Graduado em Auditoria e Gestão de Serviços de Saúde (Unicesp); Extensão em Ciências Políticas por Veduca/ Universidade de São Paulo (USP);Ex-secretário Municipal de Comunicação de Santo Antônio do Descoberto(GO); Foi assessor de imprensa no Senado Federal, Câmara Federal e na Câmara Legislativa do Distrito Federal.










