Por Kleber Karpov
O custo da cesta básica de alimentos no Distrito Federal apresentou uma redução de 1,99% em novembro na comparação com o mês anterior, fechando o período em R$ 703,40. O valor posiciona a capital federal com a cesta mais barata entre as capitais da região Centro-Oeste. Os dados integram a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, divulgada nesta terça-feira (09/Dez) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
O levantamento aponta que sete dos 13 itens avaliados tiveram retração nos preços médios. O tomate liderou as quedas com uma redução expressiva de 18,89%, seguido pelo arroz agulhinha (-10,27%) e pela manteiga (-5,35%).
Outros alimentos essenciais também ficaram mais baratos para o consumidor brasiliense. O açúcar cristal recuou 3,42%, a banana caiu 3,22%, o leite integral teve baixa de 2,93% e o café em pó diminuiu 1,68%.
Na contramão da tendência de queda, seis produtos registraram alta no período. A batata foi o item que mais encareceu, com aumento de 8,29%, seguida pelo óleo de soja (3,01%) e pelo feijão carioca (2,42%). Farinha de trigo, pão francês e carne bovina de primeira tiveram leves ajustes positivos.
Balanço anual
No acumulado do ano, considerando o intervalo entre dezembro de 2024 e novembro de 2025, a cesta básica em Brasília acumula uma deflação de 5,35%. Nesse recorte temporal, o arroz agulhinha desponta com uma queda significativa de 39,20%, enquanto a batata registra recuo de 35,69%.
A análise de longo prazo, abrangendo os últimos 12 meses, confirma a tendência de arrefecimento nos preços. Nove itens da cesta estão mais baratos do que no mesmo período do ano anterior, com destaque para a batata (-46,41%) e o arroz (-40,22%).
Cenário nacional
A redução observada no DF segue uma tendência verificada em quase todo o país. O custo dos alimentos básicos caiu em 24 das 27 capitais brasileiras em novembro. As reduções mais expressivas ocorreram em Macapá (-5,28%), Porto Alegre (-4,10%) e Maceió (-3,51%).
Segundo a análise técnica da Conab e do Dieese, fatores sazonais e de mercado explicam as oscilações. A queda no preço do tomate, por exemplo, deve-se à maturação acelerada e maior oferta no varejo, enquanto o açúcar foi impactado pela redução de valores no mercado internacional.
Kleber Karpov, Fenaj: 10379-DF – IFJ: BR17894
Mestrando em Comunicação Política (Universidade Católica Portuguesa/Lisboa, Portugal); Pós-Graduando em MBA Executivo em Neuromarketing (Unyleya); Pós-Graduado em Auditoria e Gestão de Serviços de Saúde (Unicesp); Extensão em Ciências Políticas por Veduca/ Universidade de São Paulo (USP);Ex-secretário Municipal de Comunicação de Santo Antônio do Descoberto(GO); Foi assessor de imprensa no Senado Federal, Câmara Federal e na Câmara Legislativa do Distrito Federal.










