Por Kleber Karpov
Em entrevista ao programa Brasil Urgente DF, da Band Brasília, a vice-governadora Celina Leão (Progressistas) anunciou um pacote de medidas para enfrentar gargalos na saúde pública do Distrito Federal. A gestora confirmou a contratação de anestesistas por meio de Pessoa Jurídica (PJ) após tratativas com o Ministério Público e detalhou o andamento de obras de novas unidades hospitalares.
Déficit de especialistas
A carência de anestesiologistas na rede pública de saúde foi apontada como um dos principais entraves para a realização de procedimentos cirúrgicos. Segundo Celina Leão, o governo local já realizou três tentativas de contratação convencional sem sucesso pleno, o que gerou sobrecarga em unidades específicas.
A gestora explicou que o Hospital de Base e o Hospital de Santa Maria, sob gestão do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde (IGESDF), possuem modelos de contratação mais ágeis, o que atrai os profissionais e concentra a demanda nessas unidades.
Para solucionar a falta desses médicos no restante da rede, o Governo do Distrito Federal (GDF) articulou um acordo com o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), para viabilizar a contratação via PJ.
“Nós já estamos na terceira tentativa de contratação de anestesistas.”, explicou Celina Leão o abordar uma solução viabilizada junto ao MP. “Mas a gente conseguiu discutir com o Ministério Público agora, nós estamos voltando agora contratar esse profissional por PJ”, concluiu Celina Leão.
Expansão da rede
A vice-governadora listou os investimentos em infraestrutura para ampliar a capacidade de atendimento. O plano inclui a construção de cinco novos hospitais que já passaram por processo licitatório e tiveram obras iniciadas.
As unidades citadas foram o Hospital do Recanto das Emas, o Hospital de São Sebastião, o Hospital do Guará, o Hospital de Doenças Raras e o Hospital do Câncer. Além das unidades hospitalares de grande porte, está prevista a entrega de oito novas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs).
Mutirão de cirurgias
Para reduzir a fila de espera por procedimentos eletivos e liberar leitos para casos de emergência, o governo aposta no programa de mutirão, citado pela vice-governadora como “Opera Já”.
A iniciativa contrata serviços da rede privada para realizar as operações. De acordo com os dados apresentados na entrevista, cerca de 2.000 pacientes já foram atendidos, com uma meta estabelecida de alcançar 15.000 procedimentos.
Kleber Karpov, Fenaj: 10379-DF – IFJ: BR17894
Mestrando em Comunicação Política (Universidade Católica Portuguesa/Lisboa, Portugal); Pós-Graduando em MBA Executivo em Neuromarketing (Unyleya); Pós-Graduado em Auditoria e Gestão de Serviços de Saúde (Unicesp); Extensão em Ciências Políticas por Veduca/ Universidade de São Paulo (USP);Ex-secretário Municipal de Comunicação de Santo Antônio do Descoberto(GO); Foi assessor de imprensa no Senado Federal, Câmara Federal e na Câmara Legislativa do Distrito Federal.










