Por Kleber Karpov
A deputada federal Carol Dartora (PT-PR) deve participar da 2ª Marcha Nacional das Mulheres Negras por Reparação e Bem Viver, agendada para a próxima terça-feira (25/Nov), em Brasília. A parlamentar articulou a logística de transporte para uma comitiva do Paraná e protocolou um requerimento para a realização de uma sessão solene na Câmara dos Deputados. A iniciativa busca fortalecer a mobilização nacional em defesa da reparação histórica e do combate ao racismo.
Mobilização estadual
Para ampliar a representatividade do estado no ato, a deputada auxiliou na viabilização de dois ônibus. Os veículos devem transportar cerca de 50 mulheres negras paranaenses até a capital federal. A caravana inclui participantes de Curitiba e de municípios do interior, como Londrina, Foz do Iguaçu, Cascavel e Cornélio Procópio.
Carol Dartora apresentou o Requerimento 4712/2025 à Mesa Diretora da Casa para oficializar a celebração do evento. A sessão solene deve ocorrer no dia 25 de novembro, às 10h30, no plenário principal. A homenagem marca a segunda edição da marcha, realizada dez anos após o ato histórico de 2015, que reuniu mais de 100 mil pessoas contra o racismo.
“A Marcha das Mulheres Negras é uma das mais potentes expressões de organização política do nosso país. É a voz das mulheres que sustentam a vida, que enfrentam cotidianamente o racismo, o sexismo e a precarização, mas que também constroem caminhos de resistência e de futuro. Nosso mandato está comprometido com essa luta e com o fortalecimento dessas mulheres”, disse Carol Dartora.
Desigualdades estruturais
A justificativa da proposta ressalta que as mulheres negras constituem a maior parcela da população feminina brasileira e enfrentam índices elevados de desigualdade estrutural. O documento sublinha a concentração de menores rendimentos e a exposição à precarização laboral neste grupo demográfico. Os dados apontam ainda que elas representam as principais vítimas de feminicídio e outras violências.
Segundo a parlamentar, o evento reafirma o compromisso do Legislativo com o combate à desigualdade de gênero. “Falar de reparação histórica é reconhecer que a exclusão vivida pelo povo negro, especialmente pelas mulheres negras, não é acidental. É resultado de uma estrutura racista que ainda determina o acesso aos direitos”, afirmou a deputada.
Kleber Karpov, Fenaj: 10379-DF – IFJ: BR17894
Mestrando em Comunicação Política (Universidade Católica Portuguesa/Lisboa, Portugal); Pós-Graduando em MBA Executivo em Neuromarketing (Unyleya); Pós-Graduado em Auditoria e Gestão de Serviços de Saúde (Unicesp); Extensão em Ciências Políticas por Veduca/ Universidade de São Paulo (USP);Ex-secretário Municipal de Comunicação de Santo Antônio do Descoberto(GO); Foi assessor de imprensa no Senado Federal, Câmara Federal e na Câmara Legislativa do Distrito Federal.










