Por Kleber Karpov
O Dia Mundial de Combate ao Câncer de Mama, celebrado neste domingo (19/Out), reforça a importância da prevenção e do diagnóstico precoce. A doença é o tipo mais comum entre adultos, com 2,3 milhões de casos anuais globalmente, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, o Instituto Nacional de Câncer (Inca) estima mais de 73 mil novos casos para 2025, sendo esta a principal causa de morte por câncer entre mulheres no país. Em 2023, foram registrados mais de 20 mil óbitos decorrentes da doença.
Miriam Francelina da Silva, 59 anos, que recebeu o diagnóstico em 2024, relata como percebeu a doença. “Eu não sentia dor. Apenas quando levantei o braço e senti uma leve pontada. Ao examinar o local, percebi um caroço que não estava presente antes”. Quase no fim do tratamento, ela faz questão de alertar outras mulheres: “Cuidar de si é uma prioridade que pode salvar a sua vida”, diz.
Sinais e prevenção
A incidência do câncer de mama cresce progressivamente acima dos 35 anos, com risco aumentado após os 50. É fundamental estar atento aos sinais: nódulos, alterações na pele, secreção no mamilo e mudanças no formato do seio. O Ministério da Saúde destaca que 17% dos casos poderiam ser evitados com hábitos saudáveis, como alimentação equilibrada, exercícios e redução do consumo de álcool e cigarro.
O chefe da oncologia do Hospital Regional de Taguatinga (HRT), José Lucas Pereira Júnior, alerta para a necessidade de acompanhamento. “A doença tem aumentado, inclusive entre as mais jovens. Por isso, exames regulares são indispensáveis a partir dos 40 anos”, alerta Pereira Júnior.
Diagnóstico e Atendimento
Sônia Maria da Silva, 79 anos, também descobriu o câncer após fazer o autoexame. “Durante o banho, senti um caroço grande na mama direita e procurei o médico. O diagnóstico veio e precisei passar por cirurgia. Estou bem e sigo em acompanhamento no HRT”, conta a moradora de Taguatinga. Ela integra o grupo Florescer, uma iniciativa do hospital que oferece apoio emocional e acolhimento.
O médico José Lucas Pereira Júnior ressalta que o autoexame é um aliado, mas não substitui os exames clínicos. “A mamografia e a ultrassonografia são fundamentais para identificar o câncer em estágios iniciais”, explica.
A rede pública do Distrito Federal registrou um aumento na realização de mamografias. Entre janeiro e junho de 2025, foram realizados 13,9 mil exames, ante 11,4 mil no mesmo período de 2024. No total, o ano passado fechou com 23.430 exames.
A porta de entrada para o diagnóstico são as Unidades Básicas de Saúde (UBSs), onde as pacientes passam por avaliação e, se necessário, são encaminhadas ao especialista. A rede pública oferece exames mais específicos, como ultrassonografia mamária e biópsia.
A Secretaria de Saúde (SES-DF) distribui a capacidade de exames entre os mamógrafos disponíveis no Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib), Hospital da Região Leste (HRL), Hospital de Base (HBDF), Centro Especializado em Saúde da Mulher (Cesmu), Centro de Radiologia de Taguatinga e os hospitais regionais de Samambaia, Gama, Taguatinga, Ceilândia, Santa Maria e Asa Norte.
Kleber Karpov, Fenaj: 10379-DF – IFJ: BR17894
Mestrando em Comunicação Política (Universidade Católica Portuguesa/Lisboa, Portugal); Pós-Graduando em MBA Executivo em Neuromarketing (Unyleya); Pós-Graduado em Auditoria e Gestão de Serviços de Saúde (Unicesp); Extensão em Ciências Políticas por Veduca/ Universidade de São Paulo (USP);Ex-secretário Municipal de Comunicação de Santo Antônio do Descoberto(GO); Foi assessor de imprensa no Senado Federal, Câmara Federal e na Câmara Legislativa do Distrito Federal.










