Por Kleber Karpov
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, oficializou neste sábado (06/Dez) o início da vacinação de gestantes contra o vírus sincicial respiratório (VSR) no estado de São Paulo. A atividade ocorreu na Neo Química Arena, durante a realização do projeto “Sangue Corinthiano”, onde o chefe da pasta também realizou doação de sangue como forma de incentivo à solidariedade e ao abastecimento da rede de saúde.
O Ministério da Saúde informou que o primeiro lote nacional conta com 673 mil doses, das quais 134,5 mil foram destinadas ao estado de São Paulo e 34 mil especificamente para a capital. A aquisição dos imunizantes integra uma estratégia que prevê um total inicial de 1,8 milhão de doses, com um investimento federal de R$ 1,17 bilhão.
A incorporação da vacina ao Sistema Único de Saúde (SUS) ocorreu mediante parceria com o Instituto Butantan e o laboratório produtor, estabelecendo um acordo de transferência de tecnologia para o Brasil. O imunizante, que na rede privada possui custo aproximado de R$ 1,5 mil, passará a ser fabricado nacionalmente, visando à autonomia do país na produção e ao acesso gratuito pela população.
“A vacina contra a bronquiolite protege a gestante e o seu filho que está nascendo. É muito importante vacinar durante a gravidez para que o bebê já nasça protegido”, afirmou Padilha.
Cenário epidemiológico
O vírus sincicial respiratório é apontado como o agente causador de cerca de 75% dos casos de bronquiolite e 40% das pneumonias em crianças com idade inferior a dois anos. Dados oficiais indicam que, até 15 de novembro de 2025, o Brasil registrou 43,1 mil casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) decorrentes do VSR. Desse montante, 82,5% das hospitalizações envolveram crianças menores de dois anos.
O manejo clínico da doença, na ausência de tratamento específico para a infecção viral, restringe-se a terapias de suporte, como hidratação, uso de broncodilatadores e suplementação de oxigênio. A eficácia da vacina na prevenção de doenças respiratórias graves causadas pelo VSR nos primeiros 90 dias de vida dos bebês é de 81,8%, conforme demonstrado em estudos clínicos.
O público-alvo da campanha abrange todas as gestantes a partir da 28ª semana de gravidez, independentemente da idade. A pasta orienta que as equipes de saúde aproveitem a ocasião para atualizar a caderneta de vacinação das gestantes com outros imunizantes, como os contra influenza e covid-19, que podem ser administrados simultaneamente.
Kleber Karpov, Fenaj: 10379-DF – IFJ: BR17894
Mestrando em Comunicação Política (Universidade Católica Portuguesa/Lisboa, Portugal); Pós-Graduando em MBA Executivo em Neuromarketing (Unyleya); Pós-Graduado em Auditoria e Gestão de Serviços de Saúde (Unicesp); Extensão em Ciências Políticas por Veduca/ Universidade de São Paulo (USP);Ex-secretário Municipal de Comunicação de Santo Antônio do Descoberto(GO); Foi assessor de imprensa no Senado Federal, Câmara Federal e na Câmara Legislativa do Distrito Federal.









