Por Kleber Karpov
O Dia Nacional de Combate ao Câncer, celebrado nesta quinta-feira (27/Nov), marca a mobilização das autoridades sanitárias pela conscientização sobre a prevenção e o diagnóstico precoce da doença. O Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (IGESDF), em alinhamento com a Secretaria de Saúde (SES-DF), alerta para as projeções do Instituto Nacional de Câncer (INCA), que indicam a ocorrência de 704 mil novos diagnósticos no Brasil em 2025.
Incidência e fatores de risco
Os dados apontam que os tumores de mama, com 73 mil casos anuais, e de próstata, com 71 mil, lideram as estimativas de incidência, seguidos por cólon e reto, pulmão e estômago. O levantamento destaca ainda a previsão de 483 mil diagnósticos de câncer de pele não melanoma. No Distrito Federal, o cenário epidemiológico acompanha a tendência nacional.
Estudos do INCA revelam que entre 80% e 90% dos casos possuem associação direta com fatores externos e estilo de vida. O tabagismo, o consumo excessivo de álcool, a má alimentação, a obesidade e o sedentarismo figuram como os principais agentes de risco modificáveis.
“Grande parte dos tumores poderia ser evitada com a redução de comportamentos de risco e o estímulo a práticas saudáveis. O cuidado começa na rotina: parar de fumar, reduzir o álcool, praticar atividades físicas e manter alimentação equilibrada são atitudes que salvam vidas”, afirmou Fabiana Comar, médica oncologista do Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF).
Avanços no rastreamento
A especialista ressalta que a nova Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer trouxe mudanças nas diretrizes de rastreamento. A ampliação da oferta de mamografia pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para mulheres a partir dos 40 anos visa combater o alto índice de acometimento desse tumor.
Outra atualização relevante envolve a substituição gradual do exame de Papanicolau pelo teste molecular de DNA-HPV. O novo método apresenta maior sensibilidade para identificar lesões precursoras do câncer do colo do útero, permitindo intervenções médicas antes da evolução da doença.
Diagnóstico e superação
A detecção em estágio inicial amplia as chances de cura para até 90%, conforme dados do Ministério da Saúde. O caso de Josilene Batista, de 48 anos, ilustra a eficácia do diagnóstico rápido. Após identificar um nódulo durante o autoexame, a paciente buscou atendimento na rede pública e iniciou o tratamento no Hospital de Base.
Recuperada após cirurgia e quimioterapia realizadas em 2019, Josilene atua hoje como voluntária da Rede Feminina de Combate ao Câncer. A paciente relata que o acesso ágil aos exames e o suporte hospitalar foram determinantes para o desfecho positivo do tratamento.
Kleber Karpov, Fenaj: 10379-DF – IFJ: BR17894
Mestrando em Comunicação Política (Universidade Católica Portuguesa/Lisboa, Portugal); Pós-Graduando em MBA Executivo em Neuromarketing (Unyleya); Pós-Graduado em Auditoria e Gestão de Serviços de Saúde (Unicesp); Extensão em Ciências Políticas por Veduca/ Universidade de São Paulo (USP);Ex-secretário Municipal de Comunicação de Santo Antônio do Descoberto(GO); Foi assessor de imprensa no Senado Federal, Câmara Federal e na Câmara Legislativa do Distrito Federal.










