Publicado em 01/10/2025 às 06h50 – Alterado em 02/10/2025 às 03h20
Por Kleber Karpov
Com salário líquido de aproximadamente R$ 9,48 mil, somado remuneração básica e benefícios, um Agente de Vigilância Ambiental em Saúde (AVAS) da Secretaria de Saúde do DF (SES-DF), em estágio probatório, é acusado de ter faltado ao trabalho na manhã de 12 de agosto para participar de uma manifestação de outra categoria. A denúncia, recebida por PDNews, coloca Silas Mendes de Oliveira, ex-funcionário do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Saúde de Brasília (SindSaúde-DF), a participar de um ato promovido pela entidade sindical, realizada no edifício PO700. A manifestação tratava de pautas específicas de Auxiliares Operacionais de Serviços Diversos (AOSDs).

A denúncia foi recebida por PDNews, no dia seguinte, por parte de servidor que pediu sigilo da identidade para evitar possíveis retaliações, a partir de publicações do próprio SindSaúde-DF nas redes sociais. O que acabou por chegar ao conhecimento de colegas de Oliveira que atuam no combate ao mosquito da dengue.
O caso foi classificado como um abuso por parte de Oliveira, lotado no Núcleo Regional de Vigilância Ambiental (Nuval), unidade da SES-DF, situada na Região Administrativa (RA) Gama. “É um absurdo a gente se deparar com esse tipo de coisa, ter que assistir esse senhor, recém-nomeado, pois ele tomou posse ano passado, participando de ato de um sindicato que não tem nenhuma ligação com vigilância ambiental, enquanto temos que nos desdobrar por falta do colega. Isso é molecagem.”, disparou.
A procura de mosquito da dengue?
Tal servidor enviou ao PDNews, prints de Oliveira, junto com a cúpula do SindSaúde-DF,em ato de cobrança de “reenquadramento total dos AOSDs”. Ato esse que contou com a participação do deputado distrital, Rosevelt Vilela Pires (PL).
O caso chamou ainda mais a atenção pois, para além de fazer filmagem do ato, o próprio Oliveira foi flagrado também a se manifestar ao microfone durante as falas da cúpula do SindSaúde-DF. Será que estava a comunicar ter encontrado algum mosquito da dengue?
O que diz a Controladoria-Geral do DF
PDNews acionou a Controladoria-Geral do Distrito Federal (CGDF)(14/Ago), para entender que tipo de medida é tomado, em caso no caso concreto de servidor em estagio probatório, fosse por falta deliberada ou por uma eventual apresentação de atestado médico.
Por meio da Assessoria de Comunicação, a CGDF explicou que em caso de falta não justificada o servidor pode sofrer advertência e, em caso reiterados pode até mesmo ser suspenso, “caso somem 60 faltas não consecutivas em um período de 12 meses, o servidor pode ser demitido.”.
No entanto, dado a gravidade do caso concreto, a CGDF alertou: “A partir da denúncia, que pode ser feita no participa.df.gov.br, no 162 ou presencialmente nas ouvidorias é realizada uma apuração que pode gerar um Processo Administrativo Disciplinar. Sendo comprovada a denúncia, o resultado pode ser a demissão. É importante constar o máximo de descrição e provas no registro para viabilizar a investigação.”.
O que diz a SES-DF?
PDNews acionou ainda a SES-DF na segunda-feira (29/Set), para confirmar a condição de falta do servidor, porém, embora tenha registrado o recebimento da demanda, até a publicação da reportagem, a Pasta não respondeu aos questionamentos enviados.
Alterado em 02/10/2025 às 03h20 para correção da unidade da Nuval na RA Gama em vez de RA Guará










