Por Kleber Karpov
O Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) utiliza uma frota de 11 drones para ampliar a eficiência em missões de combate a incêndios florestais, buscas, salvamentos e monitoramento de áreas de risco. A tecnologia, que inclui câmeras térmicas e zoom de longo alcance, proporciona mais assertividade e segurança às equipes, sendo gerenciada pelo 3º Esquadrão de Aviação Operacional (3º ESAV), instituído em 2024. A corporação emprega os equipamentos há dez anos e já capacitou cerca de 300 militares para operar os dispositivos.
A frota atual é composta por cinco drones do modelo Mavic 2, com zoom de longo alcance, e seis do Mavic 3T, equipado com câmera termográfica, ideal para operações em campo. “Com o Mavic 3T, conseguimos identificar obstáculos, vítimas em áreas de mata e até definir prioridades no combate às chamas”, explica o tenente Rony Junio Rodrigues da Costa, coordenador do uso dos aparelhos. A corporação prevê a incorporação de novos equipamentos por meio de doações e aquisições com recursos próprios.
Combate a incêndios

Os drones estão integrados a grupamentos especializados, como os de Busca e Salvamento (GBS) e Proteção Ambiental (GPRAM). Durante a Operação Verde Vivo, que ocorre anualmente de abril a novembro, ao menos três aeronaves são empregadas nas missões para oferecer uma visão completa da área afetada. “O maior ganho é a questão do monitoramento em tempo real, já que é possível antecipar mudanças no comportamento do fogo e assim ter uma resposta mais rápida e precisa”, ressalta Costa. Em 2024, foram registradas 9.005 ocorrências de queimadas, enquanto de abril a agosto de 2025, já são 4.848 casos.
Capacitação
Para operar as aeronaves remotamente tripuladas, os militares passam por um curso de três semanas que abrange desde a navegação básica até a legislação. O cabo Henrique Senna, formado na capacitação, destaca a importância da tecnologia. “Quando chegamos por terra, não sabemos a dimensão do fogo nem a direção que está tomando. Com o drone, podemos ter essa visão antes de partir para o combate, facilitando o controle dos focos”, salienta. O subtenente Ricardo Cruz acrescenta que os equipamentos também são úteis no monitoramento de grandes eventos, como shows e festivais.
Kleber Karpov, Fenaj: 10379-DF – IFJ: BR17894
Mestrando em Comunicação Política (Universidade Católica Portuguesa/Lisboa, Portugal); Pós-Graduando em MBA Executivo em Neuromarketing (Unyleya); Pós-Graduado em Auditoria e Gestão de Serviços de Saúde (Unicesp); Extensão em Ciências Políticas por Veduca/ Universidade de São Paulo (USP);Ex-secretário Municipal de Comunicação de Santo Antônio do Descoberto(GO); Foi assessor de imprensa no Senado Federal, Câmara Federal e na Câmara Legislativa do Distrito Federal.










