Por Kleber Karpov
Um estudo internacional divulgado no Brasil em junho aponta que o papilomavírus humano (HPV) e doenças associadas, como o câncer de colo de útero, geram um custo anual de R$ 1,9 bilhão aos cofres públicos. O dado reforça a importância da vacinação não apenas para salvar vidas, mas também para reduzir gastos e permitir que recursos sejam direcionados a doenças menos preveníveis.
O HPV é o vírus sexualmente transmissível mais frequente no mundo, responsável pelo desenvolvimento de cânceres de colo do útero, ânus, pênis, boca e garganta. Entre os tipos mais agressivos, o câncer de colo de útero é o terceiro mais comum entre mulheres no Brasil e lidera as taxas de mortalidade feminina na região Norte, explica o infectologista Marcelo Cordeiro, consultor médico do Sabin Diagnóstico e Saúde.
Prevenção e economia
A prevenção da doença está no centro da campanha ‘Setembro em Flor’, do Grupo Brasileiro de Tumores Ginecológicos (EVA), que reforça a importância do acompanhamento ginecológico. As principais formas de evitar a infecção envolvem a vacinação antes do início da vida sexual, o uso de preservativos e a realização regular de exames preventivos, como o papanicolau.
“Cada medida de prevenção contra doenças representa uma forma de economia, tanto para o paciente, que evita o adoecimento e os tratamentos longos e caros, quanto para o sistema de saúde, que pode direcionar recursos para outras necessidades”, pontua o infectologista.
Esquema vacinal
Desde 2024, o esquema vacinal contra o HPV no Brasil é de dose única para meninos e meninas de 9 a 14 anos, seguindo recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) para erradicar o câncer de colo do útero até 2030. A vacina oferecida pelo Ministério da Saúde protege contra quatro tipos do vírus, enquanto na rede privada a versão disponível amplia a proteção para nove tipos. Pessoas imunocomprometidas de 15 a 45 anos mantêm o esquema de três doses.
Embora a infecção possa ser assintomática, os sinais mais comuns são verrugas ou lesões na região genital, ânus ou garganta. “Em caso de aparecimento de sinais ou sintomas, a recomendação é procurar atendimento médico para avaliação adequada”, explica Marcelo Cordeiro.
Kleber Karpov, Fenaj: 10379-DF – IFJ: BR17894
Mestrando em Comunicação Política (Universidade Católica Portuguesa/Lisboa, Portugal); Pós-Graduando em MBA Executivo em Neuromarketing (Unyleya); Pós-Graduado em Auditoria e Gestão de Serviços de Saúde (Unicesp); Extensão em Ciências Políticas por Veduca/ Universidade de São Paulo (USP);Ex-secretário Municipal de Comunicação de Santo Antônio do Descoberto(GO); Foi assessor de imprensa no Senado Federal, Câmara Federal e na Câmara Legislativa do Distrito Federal.










