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27 abr 2024 12:56


GDF deve iniciar tratativas para alocar Associação dos Amigos dos Autistas do DF

Secretaria de saúde promete, além de conseguir de alocação da AMADF em outro local, também ampliar capacidade de atendimento da ONG

Por Kleber Karpov

O deputado distrital, Eduardo Pedrosa (União Brasil), utilizou a tribuna da Câmara Legislativa do DF (16/Mai), para chamar atenção à situação da Associação dos Amigos dos Autistas do DF (AMADF). Em vias de ser despejada de locação do Instituto de Saúde Mental (ISM), situada no Riacho Fundo I, Pedrosa, que preside a Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos das Pessoas com Autismo cobrou uma solução, definitiva, por parte do GDF.

Na sexta-feira (19/mai), a Secretária de Estado de Saúde do DF (SES-DF), Lucilene Florêncio, se reuniu com a presidente da AMADF, Gisele Montenegro e equipe, além de Pedrosa, ao que o parlamentar classificou de um início de negociações para evitar que a Organização Não Governamental (ONG) venha a encerrar as atividades.

Com o resultado da reunião, Pedrosa demonstrou esperanças. “Conseguimos construir um diálogo e já estamos buscando encaminhar uma solução para que a associação não fique sem atender a população e também, que consiga ampliar a capacidade de atendimento. Vamos trabalhar por isso!”.

Imprescindível

Eduardo Pedrosa preside a Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos das Pessoas com Autismo da CLDF – Foto: CLDF

Vale ressaltar que ao utilizar a tribuna (16/Mai), Pedrosa reafirmou a importância da AMA-DF, por ser a única instituição a acolher pacientes com Transtorno do Espectro Autista (TEA) na capital federal.

“Ano passado conseguimos com o governo, naquele período, não despejasse a instituição que faz um trabalho maravilhoso, com crianças e adultos altistas, com fisioterapia, natação, que cuidam dessas famílias que muitas vezes não conseguem o atendimento devido do estado.” disse, ao lembrar a média mensal de gastos  às famílias, ordem dos R$ 6 mil a R$ 7 mil, mensais.

Imbróglio

Marcos Mion pai de Romeo com TEA é ativista atuante em causas que envolvem o reconhecimento, acolhimento e toda oferta de qualidade de vida a pessoas com Transtorno do Espectro Autista – Foto: Reprodução/Instagram

O caso da AMA-DF, apontado por Política Distrital (PD) em 2017,  acabou por ter repercussão, nacional, em janeiro de 2022, após o Metrôpoles (Veja Aqui) apontar uma nova ordem de despejo por parte do Tribunal de Justiça do DF (TJDFT). Isso, após intervenção do apresentador da Rede Globo, Marcos Mion, ativista em causas relacionadas a TEA, por ter um filho com autismo.

Mio utilizou a rede social, Instagram, para pedir apoio do atual governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), para dar suporte à ONG.

Importante ressaltar, que ao tomar conhecimento do caso, Rocha classificou de “imbróglio”, a herança do antecessor, de realizar ação de despejo contra a ONG. O emedebista se comprometeu a dar encaminhamentos para resolver a questão. Sobretudo, por reconhecer a importância do trabalho da AMA-DF. Informação essa, também repercutida por Mion na rede social.

“Ele [Ibaneis] falou que não vai permitir que o belo trabalho desenvolvido pela associação seja interrompido. [Ibaneis] suspendeu a tramitação administrativa relativa ao despejo do imóvel, determinou que o secretário de Saúde, dentro da legalidade, resolva a questão e que vai ter uma reunião com o pessoal da AMA-DF na quinta-feira. Parabéns, governador Ibaneis. Como falei no post, eu sabia que podia contar com a sua compaixão, com seu bom senso e que bom, né, que a gente tem um Instagram para propagar o bem”, disse Mion, também na plataforma.

Informação essa, ratificada por parte da Secretaria de Estado de Saúde do DF (SES-DF), ao PD (18/Mai), por meio da Assessoria de Comunicação. “Importante reforçar que a solicitação de reintegração de posse do terreno ocupado pela AMA teve início em 2017. Em janeiro de 2018, foi determinada, por meio pedido de liminar proposto pela PGDF, a desocupação voluntária do local. Em 2019, foi deferida a sentença de reintegração de posse e, em 2023, foi determinada, por decisão judicial, a expedição do mandado da reintegração.”.

Ainda ao PD, a Secretaria de Saúde foi categórica em afirmar que “Serão iniciadas tratativas visando um novo local para AMADF”, além de assegurar que a SES-DF “não visa a desassistência dos usuários acompanhados pela instituição. Ao contrário, tem compromisso de atendê-los conforme preconizado no SUS.”.

 

 

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