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02 maio 2024 06:38


O choro de Bolsonaro: E daí?

Por Kleber Karpov

Se de um lado, o presidente da República, Jair Messias Bolsonaro (PL/RJ), chorou em um evento de apresentação de oficiais-generais promovidos pelas Forças Armadas, ao perceber que “a ficha caiu”, segundo avaliação de aliado do ainda, mandatário do Executivo, por outro, a repercussão do choro caiu como nitroglicerina, nas redes sociais.

Um dos fatores da reação em relação ao choro de Bolsonaro, estão diretamente ligado às mais de 690 mil vítimas da Covid-19. Isso porque, ainda em junho de 2021, pesquisas apresentadas à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia, apontou a omissão, por parte do governo federal, responsável por cerca de 400 mil mortes evitáveis, por pessoas contaminadas pelo coronavírus.

Nesse contexto, a reação de uma enfermeira, Luana Barros, na rede social, Twitter, ao referenciar os quase três anos da pandemia no Brasil, reflete bem essa realidade. “Bolsonaro chorando na posse de militares, eu chorei quando tinha que providenciar saco de óbito, chorei pela falta de vacina, chorei por não ter EPIs de qualidade, chorei com familiares a cada óbito constatado, chorei de cansaço, chorei por jornada exaustiva.”

Empatia

Aliás, o choro, com o uso da liberdade poética, pode ser definido por mêmimético. Isso por ser considerado uma fonte de ‘lágrimas de crocodilo’ e acabar por tornar mais um même. Isso ao se resgatar a imagem de um presidente que desde os primeiros registros de óbitos por covid-19, no país, abordou a questão, com total falta de empatia para com as vítimas mortas e os familiares sem direito ao luto.

Ao choro do presidente, restou a indiferença dos militares e “E daí, quer que eu faça o quê? Eu não sou coveiro.”, de parte relevante da população brasileira.



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