Por Kleber Karpov
A Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) promoveu, nesta quarta-feira (17/Set), uma série de palestras para profissionais da rede pública sobre os cânceres que afetam o colo do útero, endométrio, ovários, vagina e vulva. O evento, realizado no auditório da sede da pasta, integra a campanha Setembro em Flor e visa reforçar a importância do acompanhamento ginecológico para a prevenção e o diagnóstico precoce de tumores.
Prevenção e conscientização
A campanha Setembro em Flor, uma parceria com o Grupo Brasileiro de Tumores Ginecológicos (EVA), utiliza a imagem de uma flor de cinco pétalas para representar os cinco principais tipos de tumores ginecológicos. Gustavo Ribas, médico referência em oncologia da SES-DF, destacou o foco na prevenção: “Setembro em Flor é representado pelas cinco pétalas que são os cinco tumores ginecológicos da mulher. A campanha enfatiza o poder da conscientização, da prevenção. Em específico, o câncer de colo de útero é o responsável pela grande maioria dos casos. No DF, cerca de cerca de 260 casos por ano. Aí o papel dos exames preventivos regulares e da vacinação contra o HPV. E o estilo de vida também. Praticar exercícios, evitar o tabagismo e alimentação balanceada”.
A vacinação contra o HPV está disponível gratuitamente nas unidades da SES-DF para meninas e meninos de 9 a 14 anos. Jovens de 15 a 19 anos também podem receber a dose até dezembro, além de pessoas vivendo com HIV/aids, transplantados e pacientes oncológicos.
Sinais de alerta
O médico referência técnica de mastologia da SES-DF, Farid Buitrago, alertou para os sintomas que exigem atenção imediata. “A presença de sangramentos irregulares ou corrimentos com odor, aparecimento de lesões na região externa da vulva e da vagina, coceiras permanentes, feridas que não cicatrizam e aumento do volume abdominal podem indicar tumor ginecológico. O objetivo principal é que a ajuda médica seja buscada o mais rápido possível, porque assim conseguimos fazer um diagnóstico precoce e um tratamento muito mais fácil para o paciente”.
Atualização e acesso
O evento foi celebrado pelos profissionais como uma oportunidade de aprimoramento. “Acho que todo profissional precisa muito estar atualizado para oferecer o melhor atendimento, orientar e acolher essa mulher, dar o melhor atendimento possível”, relatou a enfermeira Marília de Jesus Pacheco, da UBS 2 de Santa Maria.
Daniele Assad, oncologista e diretora do EVA, reforçou a necessidade de capacitação. “O evento é muito importante porque os profissionais da saúde precisam estar cientes dos sinais, os sintomas do rastreamento para orientar a população”. Ela lembrou que todas as mulheres com vida sexual ativa precisam realizar o exame preventivo, que é ofertado nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) mediante agendamento. A SES-DF informou ainda que o exame citopatológico será gradualmente substituído pelo teste molecular de DNA-HPV, uma tecnologia mais avançada para o rastreamento do câncer de colo do útero.
Kleber Karpov, Fenaj: 10379-DF – IFJ: BR17894
Mestrando em Comunicação Política (Universidade Católica Portuguesa/Lisboa, Portugal); Pós-Graduando em MBA Executivo em Neuromarketing (Unyleya); Pós-Graduado em Auditoria e Gestão de Serviços de Saúde (Unicesp); Extensão em Ciências Políticas por Veduca/ Universidade de São Paulo (USP);Ex-secretário Municipal de Comunicação de Santo Antônio do Descoberto(GO); Foi assessor de imprensa no Senado Federal, Câmara Federal e na Câmara Legislativa do Distrito Federal.










