Por Kleber Karpov
A Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) emite um alerta para a população sobre os riscos de leptospirose, uma doença infecciosa grave com potencial de levar à morte (12/Nov). A medida preventiva ocorre com a intensificação das chuvas na capital e o consequente aumento na exposição à bactéria Leptospira. Esta é transmitida principalmente pela urina de ratos, por meio do contato direto ou indireto com água e lama contaminadas. Entre janeiro e outubro deste ano, a região confirmou 19 casos da doença, conforme os dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan Net), do Ministério da Saúde.
A gerente da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Divep) da SES-DF, Aline Duarte, esclarece que a leptospirose deve ocorrer durante todo o ano, mas a incidência aumenta nos períodos de chuvas contínuas. A exposição a alagamentos e inundações amplifica o risco de transmissão da bactéria, principalmente no período chuvoso.
Segundo a gerente, “nesta época, é comum o surgimento de poças d’água, acúmulo de lama e extravasamento de esgoto, situações que favorecem o contato das pessoas com a bactéria causadora da doença”, explicou Aline Duarte. A urgência do alerta se fundamenta no risco que a doença representa para a saúde pública local.
Transmissão
O intervalo de incubação da doença, ou seja, entre a exposição à bactéria e o aparecimento dos primeiros sintomas, varia de um a 30 dias. Contudo, o período mais comum de manifestação se situa entre cinco e 14 dias.
Entre os sinais primários de infecção, se incluem febre, dor de cabeça, e dores pelo corpo, em especial nas panturrilhas. Pode também ocorrer vômitos, diarreia e tosse.
As formas mais graves da leptospirose apresentam icterícia, que é a coloração amarelada da pele e dos olhos. Nesses quadros, o paciente tem a necessidade de receber cuidados especiais, geralmente com internação hospitalar.
Um indivíduo doente pode desenvolver hemorragia, meningite, insuficiência renal, hepática e respiratória. Tais complicações podem levar à morte do paciente se não houver tratamento imediato.
O tratamento se baseia na administração de medicamentos e em outras medidas de suporte, sempre com a orientação de um médico, conforme os sintomas manifestados. Enquanto os casos leves podem ser tratados em ambulatório, os quadros graves precisam de internação. A automedicação se contraindica, pois ela pode agravar a doença.

Cuidados e prevenção
Aline Duarte enfatiza que a Vigilância Epidemiológica da SES-DF realizou a capacitação de profissionais da saúde com o objetivo de diagnosticar as novas ocorrências de maneira rápida. A prevenção da doença exige cuidados individuais, em paralelo a um manejo adequado do ambiente.
De acordo com Aline Duarte, a “prevenção passa por cuidados individuais e também pelo manejo adequado do ambiente”. A gerente concluiu que “ambientes limpos, lixo bem acondicionado e ralos protegidos são medidas simples, mas que fazem diferença para interromper a circulação da bactéria”, destacou.
Kleber Karpov, Fenaj: 10379-DF – IFJ: BR17894
Mestrando em Comunicação Política (Universidade Católica Portuguesa/Lisboa, Portugal); Pós-Graduando em MBA Executivo em Neuromarketing (Unyleya); Pós-Graduado em Auditoria e Gestão de Serviços de Saúde (Unicesp); Extensão em Ciências Políticas por Veduca/ Universidade de São Paulo (USP);Ex-secretário Municipal de Comunicação de Santo Antônio do Descoberto(GO); Foi assessor de imprensa no Senado Federal, Câmara Federal e na Câmara Legislativa do Distrito Federal.










