Por Kleber Karpov
O Governo do Distrito Federal (GDF) mantém as contas públicas em equilíbrio, com registro de superávit no segundo quadrimestre de 2025. Dados apresentados em audiência pública na Câmara Legislativa (CLDF)(24/Set), mostram que as receitas correntes totais superaram as despesas, com uma alta de 6,24% em valor nominal sobre o mesmo período do ano passado, o que resultou em um saldo primário positivo de R$ 162 milhões.
O secretário-executivo de Finanças, Thiago Conde, detalhou os números na Comissão de Economia, Orçamento e Finanças (Ceof). “No total, incluindo a movimentação de capital, como operações de crédito e alienação de bens, arrecadamos R$ 25,4 bilhões, contra R$ 23,8 bilhões no mesmo período de 2024”, explicou. Apenas as receitas tributárias, como ICMS e ISS, somaram R$ 17,8 bilhões.
Gastos com Pessoal
As despesas com pessoal também permaneceram sob controle, apesar de um aumento de cerca de R$ 1 bilhão. Segundo o contador-geral do DF, Alisson Lira da Rocha, o índice desse gasto ficou em 38,95%. “Continuamos abaixo do limite de alerta de 44,10% estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) para o Executivo”, ressaltou. No total, a despesa bruta com pessoal ultrapassou R$ 41 bilhões, divididos entre R$ 25,2 bilhões para servidores ativos e R$ 13,5 bilhões para inativos.
Arrecadação Tributária
O Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) foi o tributo que mais gerou receita, com R$ 8,1 bilhões. O Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) dos servidores públicos garantiu R$ 3,4 bilhões, enquanto o Imposto Sobre Serviços (ISS) somou R$ 2,5 bilhões. Os impostos sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) e sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU) arrecadaram R$ 1,7 bilhão e R$ 1,1 bilhão, respectivamente.
Projeções Questionadas
O presidente da Ceof, deputado Eduardo Pedrosa (União Brasil), elogiou os resultados, mas questionou as projeções de arrecadação do governo, que se mostraram abaixo dos valores efetivamente realizados. “Não estaria havendo um subdimensionamento?”, indagou o parlamentar.
O secretário Thiago Conde reconheceu a distorção e informou que a Secretaria de Economia trabalha para estabelecer novos critérios que tornem a lei orçamentária mais realista. A medida visa evitar frustrações ou excessos no estabelecimento das metas de receita.
Kleber Karpov, Fenaj: 10379-DF – IFJ: BR17894
Mestrando em Comunicação Política (Universidade Católica Portuguesa/Lisboa, Portugal); Pós-Graduando em MBA Executivo em Neuromarketing (Unyleya); Pós-Graduado em Auditoria e Gestão de Serviços de Saúde (Unicesp); Extensão em Ciências Políticas por Veduca/ Universidade de São Paulo (USP);Ex-secretário Municipal de Comunicação de Santo Antônio do Descoberto(GO); Foi assessor de imprensa no Senado Federal, Câmara Federal e na Câmara Legislativa do Distrito Federal.










