Em seu discurso, Gabriele destacou os avanços já conquistados, como as leis que garantem prazos de 30 dias para diagnóstico e 60 dias para início do tratamento oncológico, mas ressaltou que ainda há muito a ser feito, incluindo a criação de um programa nacional de rastreamento, a ampliação do acesso a novos tratamentos e navegação de pacientes. Também enfatizou a preocupação com as desigualdades no sistema de saúde, a piora nos índices de mortalidade e a necessidade de acelerar ações para salvar vidas, defendendo que apenas a união entre sociedade civil, poder público, sociedades médicas e pacientes poderá garantir mudanças reais e duradouras.
“O que esperamos, como sociedade civil organizada, é que nos próximos Outubros Rosa que virão, a gente não precise estar sempre discutindo as mesmas demandas, e sim o avanço das políticas existentes e uma mudança nos números. No mundo todo, países que se mobilizaram em direção a ações de prevenção, rastreamento e acesso ao tratamento em tempo oportuno, veem uma diminuição nos números, tanto na incidência quanto na mortalidade do câncer de mama, enquanto que no Brasil ainda não se vê a alteração desses números – pelo contrário, há uma piora, nossa projeção para o futuro próximo é muito ruim. Então vamos nos aliar aos nossos parceiros das organizações da sociedade civil, ao poder público, às sociedades médicas, junto à toda população. Estaremos sempre mobilizados no sentido de fazer as leis que já temos saírem do papel e também encarar o que o cenário do futuro próximo nos espera. Quando a gente se une, as coisas efetivamente vão acontecendo”, ressaltou a coordenadora.
Sobre a Fenama
A Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama é uma organização sem fins econômicos que trabalha para reduzir os índices de mortalidade por câncer de mama em todo o Brasil, atuando por mais acesso ao diagnóstico precoce e a tratamento ágeis e adequados. Com foco em advocacy, representa mais de 70 ONGs de apoio a pacientes de 20 estados brasileiros e Distrito Federal, buscando influenciar a formulação de políticas públicas em prol dos direitos de pessoas com câncer. Conheça o trabalho da Fenama aqui.










