Por Kleber Karpov
A Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES DF) iniciou a utilização de drones, contratados em projeto com a empresa GRS80 (Quem), para mapear focos do mosquito Aedes aegypti e otimizar as ações de vigilância (Por quê). As aeronaves não tripuladas atuam desde outubro (Quando) em diversas regiões administrativas, como o Paranoá, onde realizaram mapeamento aéreo na última sexta-feira (07/Nov) (Onde/Como), com o objetivo de orientar com precisão as equipes de campo (O quê).
A iniciativa batizada de “Voo pela Saúde” é um projeto da GRS80, com contrato firmado junto à SES-DF com duração de um ano. A tecnologia possibilita a captura de imagens de alta qualidade do terreno, material conhecido tecnicamente como ortofoto. A meta da pasta de saúde pública é mapear trinta por cento do território distrital. Os esforços devem concentrar-se nas regiões que apresentam os maiores índices de casos de dengue.
A agente de Vigilância Ambiental em Saúde (Avas), Gleyciane Ferreira, ressaltou a eficácia do novo instrumento no processo de fiscalização. Segundo ela, a perspectiva aérea proporcionada pelo drone deve direcionar melhor a atuação no combate aos focos do vetor.
“O drone faz com que vejamos a área de cima, direcionando melhor nossa atuação no combate aos focos. Então, quando chegamos nas residências, podemos dizer: ‘Olha, tem uma caixa d’água sua que está aberta’. É um instrumento muito certeiro”, disse Gleyciane Ferreira, ao detalhar o trabalho de inspeção.
Tecnologia a serviço da saúde
O plano de ação com drones abrangeu diversas localidades do Distrito Federal, incluindo Ceilândia, Brazlândia, Sol Nascente, Estrutural, São Sebastião, Arapoanga e Fercal. O equipamento utiliza câmeras de alta performance para coletar milhares de pequenas fotos que, reunidas, formam o panorama visual de ampla dimensão.
O representante da iniciativa da empresa GRS80, Pedro Vasconcellos, destacou a nitidez do material visual obtido. “Chamamos de ‘ortofoto’, que tem uma qualidade muito boa de aproximação e de imagem. Nela, é possível identificar pequenos focos”, afirmou Vasconcellos sobre a capacidade do sistema.
Um sistema de inteligência artificial tem a função de analisar as imagens e indicar os locais com potenciais pontos de acúmulo de água. Para certificar a validade dos dados, funcionários da empresa verificam as imagens antes do envio das informações para as equipes da Vigilância Ambiental da SES-DF.
Direcionamento e tratamento
Além de identificar os pontos de risco, o drone possui uma utilidade complementar de tratamento. No caso de depósitos de água parada que não podem ser alcançados pelos agentes em solo, o equipamento consegue transportar e liberar o larvicida.
O produto químico é transportado dentro de um invólucro solúvel. Este mecanismo assegura que o larvicida chegue ao ponto exato do foco de concentração de água.
Kleber Karpov, Fenaj: 10379-DF – IFJ: BR17894
Mestrando em Comunicação Política (Universidade Católica Portuguesa/Lisboa, Portugal); Pós-Graduando em MBA Executivo em Neuromarketing (Unyleya); Pós-Graduado em Auditoria e Gestão de Serviços de Saúde (Unicesp); Extensão em Ciências Políticas por Veduca/ Universidade de São Paulo (USP);Ex-secretário Municipal de Comunicação de Santo Antônio do Descoberto(GO); Foi assessor de imprensa no Senado Federal, Câmara Federal e na Câmara Legislativa do Distrito Federal.










