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04 out 2024 08:11


Datena x Marçal: Falta de sangue de barata dá cadeirada na falta de escrúpulos em debate da TV Cultura

Conflito entre Datena e Marçal escala e resulta em agressão verbal, física e hospitalização

Por Kleber Karpov

Durante debate político eleitoral entre candidatos à prefeitura de São Paulo, realizado pela TV Cultura, realizada na noite de domingo (15/Set), o candidato, José Luiz Datena (PSDB) deu uma cadeirada no concorrente, Pablo Marçal (PRTB), após provocações direcionadas a Datena, pelo ex-coach. Em causa da agressão, estavam provocações durante o debate, dentre essas, questionamento sobre suposto caso de assédio sexual voltado a uma funcionária da Band. Denúncia essa, arquivada, segundo o candidato tucano.

“Eu queria saber como um cidadão que acha que cometi, o que ele disse que eu cometi, de uma forma mentirosa. Porque ele foi julgado e condenado pelo crime que cometeu de roubo virtual. Eu não. Só você consultar aqui para ver que o caso foi todo arquivado. Minha sogra morreu depois dessas acusações, durante esse período que todos nós da nossa família sofremos com acusação de mentira e daí por diante. Ninguém suporta isso. Ela teve três AVCs e morreu muito por causa disso. E agora eu achei que devia uma satisfação a ela por ter sido acusado por um canalha desses que ontem mesmo me convidou para tomar um café e me recusei a tomar um café com ele.”, disse Datena, após ser expulso do programa.

Marçal por sua vez foi internado após o episódio de agressão de Datena, segundo equipe do coach, com uma fratura em uma costela. Parabenizado pelas redes sociais por deixar de revidar respondeu “Eu jamais agrediria um idoso. Eu tenho controle emocional. Eu aguento tudo.”, disse ao sugerir que a disputa se trata de uma “missão”, e que tem aguentar tudo “para servir o povo”.

Agressões

Embora tenha se isentado de ter praticado agressões, e tampouco sem pretensões de defender a cadeirada de Datena ao coach, fato é que Marçal coleciona um longo histórico de agressões verbais e mentiras em relação aos concorrentes à prefeitura de São Paulo.

Um dos exemplos, foi direcionado a Tábata Amaral (PSB) em mais de um episódio. O primeiro, em que a que ouviu pela TV afirmação que a candidata foi responsável pelo suicídio do pai. O segundo, durante debate da revista Veja (19/Ago), ao tentar diminuir a condição de mulher, ao sugerir incompatibilidade em ser prefeita em decorrência de filhos eu de casamento.

Em outro episódio, Marçal acusou o candidato Guilherme Boulos (PSOL) de ser usuário de cocaína, uma acusação falsa. Apurações revelaram que o coach estava ciente de existência de investigação policial era referente a outra pessoa com o mesmo nome do candidato do PSOL.

Escalada

A escalada, ou campanha realizada ‘fora da caixa’, do bom senso, empreendida por Marçal, conforme admitido publicamente pelo coach, foca na geração de recortes em participações em debates e aparições gravadas, para gerar cortes para redes sociais. Ness contexto, o candidato, adotou o tom inconsequente da falta de limites e mesmo de escrúpulos, para realizar uma campanha propositiva, focada em projetos e propostas à sociedade paulista.

Nesse contexto, há quem defenda que Marçal, não entrou no jogo de Xadrez para jogar, mas para quebrar o tabuleiro. Mas, a estratégia, que visa ganhar visibilidade a qualquer custo, pode acabar se tornar um ‘tiro no pé’, e prejudicar a própria candidatura. Afinal, sem tabuleiro, não há jogo.

Kleber Karpov, Fenaj: 10379-DF – IFJ: BR17894
Mestrando em Comunicação Política (Universidade Católica Portuguesa/Lisboa, Portugal); Pós-Graduando em MBA Executivo em Neuromarketing (Unyleya); Pós-Graduado em Auditoria e Gestão de Serviços de Saúde (Unicesp); Extensão em Ciências Políticas por Veduca/Universidade de São Paulo (USP);

Ex-secretário Municipal de Comunicação de Santo Antônio do Descoberto(GO); Foi assessor de imprensa no Senado Federal, Câmara Federal e na Câmara Legislativa do Distrito Federal.

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