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20 dez 2025 22:39

Parkinson: dia de conscientização joga luz sobre doença que afeta milhões no mundo

Condição neurológica ocasiona diversos sintomas, como tremores dos membros e distúrbios da fala. Rede da Secretaria de Saúde oferece atendimento

Por Yuri Freitas

A doença de Parkinson é uma condição neurodegenerativa progressiva e incurável que afeta cerca de 8,5 milhões de pessoas ao redor do globo, segundo estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS). Diante do cenário, 11 de abril foi estabelecido internacionalmente como o Dia do Parkinson, a fim de ampliar a conscientização e a compreensão sobre a doença.

O Parkinson causa uma perda gradual dos neurônios que produzem a dopamina – neurotransmissor responsável por, dentre outras funções, controlar a mobilidade do corpo, e costuma se manifestar após os 65 anos de idade. No entanto, segundo a OMS, o diagnóstico de casos em pessoas abaixo da faixa dos 60, 50 e 40 anos tem aumentado no mundo.

Dentre os fatores de risco conhecidos, constam a predisposição genética, o sedentarismo e a exposição a agrotóxicos e metais pesados. Até o momento, não há nenhuma estratégia de prevenção definitiva para a condição.

“Sabemos que pessoas que mantêm um alto nível de atividades físicas parecem ter maior proteção quanto ao avanço da doença. Quem pratica exercícios vigorosos costuma ter sintomas mais brandos e evolução mais lenta. No entanto, ainda não se conhece uma barreira contra o Parkinson”, informa o neurologista do Centro de Referência em Doença de Parkinson do Hospital de Base (HBDF), Marcelo Lobo.

Diagnóstico e assistência

O diagnóstico da doença é feito pela associação de avaliações clínicas, histórico médico, exames físicos e, em alguns casos, testes adicionais de neuroimagem para descartar outras condições.

No Distrito Federal, usuários da Secretaria de Saúde (SES-DF) que necessitam do serviço passam por uma avaliação inicial nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), de onde são encaminhados aos hospitais regionais ou ambulatórios de reabilitação da rede pública. Casos mais complexos podem ser direcionados ao Centro de Referência em Doença de Parkinson do HBDF.

Sintomas

Segundo a OMS, cerca de 8,5 milhões de pessoas sofrem com a doença de Parkinson no mundo. Foto: Jhanatan Cantarelle/Agência Saúde-DF

Divanice Araújo, 72, lembra que os primeiros sinais do Parkinson foram a rigidez nos membros e um leve tremor na mão esquerda. Em tratamento no centro de referência do HBDF, a aposentada enfatiza que a doença não a tem impedido de se manter ativa, embora admita que o agravamento dos sintomas represente uma batalha árdua. “Eu sempre fui uma pessoa muito dinâmica, ainda consigo fazer tudo em casa – varro, cozinho… mas aceitar a doença é muito difícil”, confessa.

Na maioria dos casos, os sintomas começam de forma lenta e sem sinais alarmantes. A desaceleração dos movimentos e os tremores nas extremidades das mãos, muitas vezes notados apenas por amigos e familiares, costumam ser os sinais da doença mais visíveis.

Contudo, rigidez muscular, redução da quantidade de movimentos, problemas na fala, dificuldade para engolir, além de depressão, tontura, distúrbios do sono, respiratórios e urinários também podem estar relacionados.

O neurologista explica que, ao contrário do que se costuma pensar quando se fala de Parkinson, os tremores nem sempre são os sinais prevalentes da doença. “Na prática clínica, observamos muitos pacientes com sintomas não motores como perda do olfato, constipação ou transtorno do sono, no qual a pessoa tem sonhos vívidos e, durante o sono, se movimenta, chuta, fala, briga. Muitas vezes esses sinais antecedem os tremores em vários anos, até décadas.”

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