Por Kleber Karpov
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha determinou, na terça-feira (21/Out), prioridade absoluta na avaliação da polilaminina, um inovador tratamento brasileiro para lesões medulares. A terapia, desenvolvida pela professora Tatiana Coelho de Sampaio, chefe do Laboratório de Biologia da Matriz Extracelular do Instituto de Ciências Biomédicas da , da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), permitiu ao paciente Bruno Drummond, tetraplégico desde 2018 após um acidente, recuperasse movimentos. A ação, em conjunto com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), visa acelerar o acesso da população ao tratamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
O caso de Bruno
Drummond, 31 anos, sofreu um acidente de carro em 2018, aos 23, que resultou em uma fratura na vértebra C6, no pescoço. O diagnóstico inicial foi de tetraplegia, com perda total de movimentos dos membros.
O paciente foi submetido ao tratamento experimental com a polilaminina durante a cirurgia de emergência para estabilização da coluna. Cerca de três semanas após o procedimento, Drummond começou a apresentar os primeiros sinais de recuperação, inicialmente ao mover o dedo do pé. A evolução foi gradativa e, após seis meses, com a evolução do tratamento conseguia dar os primeiros passos com auxílio.
O caso ganhou projeção nacional, nos últimos meses, após os resultados das pesquisas e dos tratamentos em pacientes serem repercutidos na imprensa. Mais recentemente, Tatiana Sampaio e Drummond participaram do programa The Noite com Danilo Gentilli (1º/Out), ocasião em que Drummond entrou no andando para participar da entrevista, juntamente com a cientista.
Aceleração para o SUS

A pesquisa da doutora Tatiana Sampaio, desenvolvida ao longo de mais de 26 anos, utiliza uma forma polimerizada da laminina. Esta proteína natural atua como uma “pista” para guiar a regeneração dos neurônios durante a formação do sistema nervoso, e o tratamento busca imitar esse processo natural na medula lesionada.
A decisão do ministro Alexandre Padilha ocorre em um momento crucial. O estudo clínico que incluiu Bruno e outros 14 pacientes está fechado. Atualmente, os pesquisadores aguardam autorização da Anvisa para iniciar uma nova fase de testes. A priorização anunciada pelo ministro visa acelerar essa liberação regulatória.
Na rede social X (Antigo Twitter), Padilha enalteceu a “inovação brasileira”, e elencou a importância da atuação da Anvisa, ao acompanhar os estudos, pode ajudar a acelerar o acesso da medicação à população.
“A polilaminina, desenvolvida por pesquisadores da UFRJ sob a liderança da profa. Tatiana Sampaio, é esperança na recuperação de lesões medulares e pode chegar mais rápido ao SUS. O Ministério da Saúde e a Anvisa estabeleceram prioridade absoluta para acompanhar estudos de avaliacão da sua segurança e eficácia e, com isso, acelerar a chance de acesso à população.”, afirmou Padilha.











