Por Kleber Karpov
A Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) alertou os países da região das Américas para a possibilidade de uma temporada de influenza antecipada ou mais intensa em 2026 (11/Dez). A recomendação ocorreu um dia depois de a Organização Mundial de Saúde (OMS) emitir um comunicado sobre o subclado K do Influenza A (H3N2), relacionado ao aumento de casos no Hemisfério Norte. A Opas orienta o monitoramento atento da evolução do vírus e a manutenção de uma elevada cobertura vacinal.
A organização reforça a importância de tratar os casos em tempo oportuno e assegurar a preparação para uma possível atividade precoce ou mais intensa durante a temporada de 2026 na região das Américas. É fundamental que a população, sobretudo idosos e pessoas com fatores de risco, recebam a vacina contra a influenza. Essa ação protege individualmente e deve reduzir a pressão sobre os serviços de saúde, especialmente os de hospitalização, conforme alerta a organização.
Sistema de saúde
Com o início da temporada de maior circulação da influenza e de outros vírus respiratórios, a Opas destacou que os países-membros devem ajustar os planos de preparação e organização dos serviços para uma eventual sobrecarga no sistema de saúde. A organização recomenda reforçar a vigilância da influenza, do Vírus Sincicial Respiratório (VSR) e do SARS-CoV-2.
A Opas orienta a adoção das medidas necessárias de prevenção e controle contra infecções por vírus respiratórios. Além disso, a Opas pede a implementação de medidas que garantam o diagnóstico precoce e o manejo clínico adequado, especialmente entre a população de alto risco de apresentar doença grave.
A organização também orienta os países a garantir a vacinação contra vírus respiratórios, assegurando uma elevada cobertura vacinal em grupos de alto risco. Outras ações incluem realizar a previsão e organização adequadas dos serviços de saúde. Isso garante o cumprimento rigoroso das medidas de controle e prevenção de infecções, o fornecimento adequado de antivirais e equipamentos de proteção individual. A Opas lembra que a comunicação adequada dos riscos à população e aos profissionais de saúde é essencial.
Vacinação
O vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações, Renato Kfouri, explicou que vírus com menor circulação no país tendem a produzir temporadas mais agressivas. A população brasileira tem menos imunidade gerada pelo contato com o patógeno em anos anteriores, segundo o especialista. Kfouri enfatizou que a alta cobertura vacinal pode fazer a diferença.
“O que a gente recomenda sempre é que os grupos mais vulneráveis estejam vacinados. Crianças, idosos, gestantes, imunocomprometidos, portadores de doenças crônicas, esses precisam ser vacinados porque representam 3/4 dos óbitos de influenza no nosso país”, disse.
O especialista lembrou que os países do Hemisfério Norte vivem a temporada de influenza. Isso deve antecipar como será a temporada no Hemisfério Sul no próximo ano. “Começou mais cedo lá e em alguns países está chamando a atenção, mas o final da temporada é que vai nos revelar”, afirmou Kfouri.
Kleber Karpov, Fenaj: 10379-DF – IFJ: BR17894
Mestrando em Comunicação Política (Universidade Católica Portuguesa/Lisboa, Portugal); Pós-Graduando em MBA Executivo em Neuromarketing (Unyleya); Pós-Graduado em Auditoria e Gestão de Serviços de Saúde (Unicesp); Extensão em Ciências Políticas por Veduca/ Universidade de São Paulo (USP);Ex-secretário Municipal de Comunicação de Santo Antônio do Descoberto(GO); Foi assessor de imprensa no Senado Federal, Câmara Federal e na Câmara Legislativa do Distrito Federal.










