Por Kleber Karpov
A alimentação tem papel fundamental no processo de recuperação de qualquer pessoa que precisa de cuidados. Neste domingo, 31 de outubro, Dia do Nutricionista, a data marca o reconhecimento àqueles que, com dedicação, garantem tanto o cuidado assistencial quanto a produção alimentar de quem depende desse suporte.

Nutrição como parte do tratamento
No Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF), a atuação dos nutricionistas vai muito além de elaborar cardápios. O objetivo é que cada dieta seja parte do tratamento, ajudando a reduzir complicações, acelerar a recuperação e melhorar a qualidade de vida dos pacientes. “Uma pessoa bem-nutrida responde melhor às terapias”, explica Hiane Cunha, chefe substituta do Núcleo de Nutrição Clínica do HBDF, gerido pelo Instituto de Gestão Estratégica e Saúde do DF (IgesDF). Ela destaca que a nutrição é “uma ferramenta clínica tão importante quanto qualquer outro recurso utilizado no hospital” e que o trabalho é realizado em equipe, com a colaboração de médicos, enfermeiros, psicólogos e fisioterapeutas.
O impacto do olhar humano

A Yeferson Manuel, paciente internado há três meses após um acidente, a atenção da equipe faz a diferença. “Todos os dias, uma nutricionista passa para me ver, ajustar minha dieta e conversar comigo. Esse cuidado diário dá mais confiança e esperança”, relata. Para Yeferson, a atenção da equipe é fundamental para a recuperação. Segundo Niedja Bartira, gerente multiprofissional do HBDF, os nutricionistas têm um papel central. “Eles cuidam não só dos pacientes, mas também da saúde dos colaboradores, impactando de forma direta a rotina de todos”, afirma. Fernanda Hak, gerente-geral de assistência, complementa que a dedicação é um “trabalho silencioso, mas vital”.
Dedicação que faz a diferença
De janeiro a julho deste ano, a equipe de nutrição clínica do HBDF realizou 112.091 atendimentos assistenciais. Além disso, a equipe de administração e gestão de alimentação ofereceu mais de 648 mil refeições para pacientes, 254 mil para acompanhantes e 170 mil para colaboradores. Hiane Cunha explica que o trabalho “não é só calcular proteínas e calorias”. O olhar humano é essencial para “entender as limitações, gostos e até mesmo a forma como o paciente se sente diante da comida”. O olhar humanizado é ressaltado por Ana Cecília Nunes, chefe da Nutrição de Produção do HBDF, que pontua que “a comida pode trazer conforto e memórias afetivas, mesmo dentro de um hospital”.
De acordo com a equipe, uma dieta adequada reduz infecções hospitalares, melhora a resposta imunológica e encurta o tempo de internação. Hiane complementa que há casos em que o paciente chega em estado de desnutrição e a equipe consegue reverter o quadro.
Kleber Karpov, Fenaj: 10379-DF – IFJ: BR17894
Mestrando em Comunicação Política (Universidade Católica Portuguesa/Lisboa, Portugal); Pós-Graduando em MBA Executivo em Neuromarketing (Unyleya); Pós-Graduado em Auditoria e Gestão de Serviços de Saúde (Unicesp); Extensão em Ciências Políticas por Veduca/ Universidade de São Paulo (USP);Ex-secretário Municipal de Comunicação de Santo Antônio do Descoberto(GO); Foi assessor de imprensa no Senado Federal, Câmara Federal e na Câmara Legislativa do Distrito Federal.










