18.5 C
Brasília
05 dez 2025 06:57

GDF assegura tratamento especializado a hemofílicos

O FHB funciona como centro de referência de doenças hemorrágicas. Além dos consultórios, pacientes são atendidos por equipe multidisciplinar

Conhecido e usado por muitos brasilienses para a doação de sangue, a Fundação Hemocentro de Brasília (FHB) é referência para o tratamento de uma doença rara e congênita: a hemofilia – um mal que afeta a coagulação do sangue do portador e que leva até a unidade pacientes de 0 a 80 anos, quase que diariamente.

Lá, funciona um centro de referência de coagulopatias hereditárias – um espaço especializado em doenças hemorrágicas que inclui ainda a doença de Von Willebrand e outras menos conhecidas.

São cerca de 800 pacientes com algum tipo de coagulopatia cadastrados na FHB. Desses, cerca de 400 são hemofílicos e fazem o acompanhamento gratuito no local. Por ali, passa toda semana a família de Wellen Almeida, 37 anos, e atualmente desempregada.

A moradora do Sol Nascente/Pôr do Sol leva os filhos Anderson Guilherme, 11 anos, e o pequeno Ragnar, de 1 ano – ambos diagnosticados com a doença –, para consultas e aplicação do fator anti-hemofílico, medicamento usado pelos pacientes.

A família descobriu a doença no mais velho com menos de 2 anos de idade. E, hoje, o próprio Anderson foi preparado pelos médicos para fazer a aplicação do remédio em casa. E ele se vira com a ajuda de Wellen, três vezes por semana. Para a mãe, a FHB é um porto-seguro.

“É uma doença assustadora. Descobri que ele era hemofílico muito novinho; ficava todo roxo nos braços, pernas e pescoço”, conta a mãe. “Depois veio o Ragnar, com o mesmo problema. Mas aqui não falta nada, somos muito bem acolhidos no ambulatório, a equipe é muito boa. Os meninos já se acostumaram com tudo isso”, acrescenta.

Exemplo para a saúde pública

Portador de lúpus, Wanderson Nascimento, 34 anos, descobriu há dez anos que desenvolveu também a hemofilia. Além dos exames e da aplicação do medicamento, ele faz sessões de fisioterapia indicada para evitar sangramentos nas articulações.

“Não fosse esse acompanhamento do Hemocentro, nem sei se estaria aqui para contar a história. Temos um atendimento rápido, diversos profissionais ajudando”, adianta. “Para mim, este centro é um exemplo de como a saúde pública deve ser no Brasil”, engrandece.

Além dos consultórios, os pacientes são atendidos por uma equipe multidisciplinar (leia abaixo), em um modelo de atenção completa. Exames laboratoriais e uma farmácia também são disponibilizados neste centro de referência.

“No passado, era assim: o paciente tinha que sangrar primeiro para depois receber uma assistência. Hoje em dia nós temos o programa de profilaxia para que ele nem venha a sangrar, que envolve fisioterapeutas, odontólogos e outros profissionais”, explica o médico hematologista Rodolfo Firmino.

Os remédios para a coagulopatia são mantidos em uma câmara fria com temperatura de 3ºC a 6ºC, no subsolo da unidade. Os hemofílicos retiram na farmácia e levam para casa.

“Os pacientes passam por uma consulta com o médico e retiram a medicação conosco. Dispensamos o medicamento que dura cerca de um mês”, explica o farmacêutico Rafael Ferreira. “O remédio é obrigatório para evitar intercorrências como os sangramentos. Proporcionam qualidade de vida e saúde para a pessoa, evitando até mesmo que ele vá parar em um hospital”, diz.

Tratamento para uma vida normal

Para uma doença que não tem cura, as visitas ao ambulatório seguem por anos e até décadas. Segundo lembra Rodolfo, se cria inclusive um apego com muitos pacientes e permanece o cuidado constante em busca de uma vida normal.

“No caso de crianças, por exemplo, nosso trabalho diário é para que consigam brincar, praticar atividade física, jogar seu futebol e estar no playground. E toda essa estrutura tem funcionado muito bem”, finaliza o hematologista.

Serviço
Ambulatório de coagulopatias hereditárias
→ Estrutura
Espaço amplo com três consultórios médicos e uma sala de infusão; consultório psicológico e odontológico, estúdio de fisioterapia, farmácia, sala de enfermagem e de assistência social
→ Atendimento ambulatorial
De segunda a sexta-feira (exceto feriados), das 7h às 18h.
Necessário agendar pelos telefones (61) 3327-1671 ou (61) 3327-4423, ou pelo WhatsApp (61) 99140-0173.

Primeira Turma do STF forma maioria para condenar cúpula da PMDF

Por Kleber Karpov A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal...

Flávio Dino veta repasse de emendas a Eduardo Bolsonaro e Alexandre Ramagem

Por Kleber Karpov O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal...

Parque do Cortado recebe 15 mil mudas do Cerrado no Dia de Plantar

Por Kleber Karpov O Governo do Distrito Federal (GDF) promove,...

IPVA terá reajuste médio de 1,72% e IPTU sobe 5,1% em 2026

Por Kleber Karpov A Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF)...

GDF institui plano de emergência para enfrentar poluição crítica do ar

Por Kleber Karpov O Governo do Distrito Federal (GDF) oficializou,...

Motoristas de aplicativo DO DF devem instalar QR Code até 17 de dezembro

Por Kleber Karpov Os motoristas de transporte por aplicativo do...

Destaques

Celina Leão dialoga com categoria em assembleia dos GAPS e presidente do SindSaúde-DF aproveita ‘visibilidade’ para tripudiar com parceiros?

Por Kleber Karpov A vice-governadora do DF, Celina Leão (Progressistas),...

Primeira Turma do STF forma maioria para condenar cúpula da PMDF

Por Kleber Karpov A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal...

Flávio Dino veta repasse de emendas a Eduardo Bolsonaro e Alexandre Ramagem

Por Kleber Karpov O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal...

Parque do Cortado recebe 15 mil mudas do Cerrado no Dia de Plantar

Por Kleber Karpov O Governo do Distrito Federal (GDF) promove,...

IPVA terá reajuste médio de 1,72% e IPTU sobe 5,1% em 2026

Por Kleber Karpov A Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF)...