25.5 C
Brasília
05 dez 2025 18:05

Distritais reagem a críticas feitas a Câmara Legislativa do DF

Delmasso diz que Fascal busca zerar déficit acumulado ao longo dos anos e que a inclusão de ex-parlamentares visa a saúde do plano

Por Marco Túlio Alencar

O pronunciamento do deputado Agaciel Maia (PL), na sessão ordinária da CLDF desta quarta-feira (19), respondendo a mensagens que disse ter recebido por meio digital condenando o uso de verbas indenizatórias, incentivou diversos distritais a rebaterem críticas que vêm sendo dirigidas ao Legislativo local. Da tribuna, inicialmente, Agaciel observou que não faz uso desses recursos, mas considera “natural” que outros parlamentares o façam, já que há previsão legal.

“Recebi uma enxurrada de xingamentos sobre a utilização de gasolina e de plano de saúde. Mas, quero esclarecer que não uso verba indenizatória desde a primeira vez que fui eleito. Se fosse somar o total do qual abri mão, passaria de R$ 1,3 milhão”, calculou. Ele acrescentou que não utiliza cota postal e nem gráfica. “E nunca viajei com passagens e diárias da Casa”, observou.

Em aparte, o deputado Chico Vigilante (PT) ponderou que há uma campanha visando à desmoralização dos legislativos do Brasil. “Ninguém questiona, por exemplo, os gastos do Ministério Público ou dos tribunais”, afirmou, destacando declaração do ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno, contra os congressistas: “Chegamos ao ponto de um general de pijama insultar o Congresso Nacional em meio ao processo de desacreditar o Poder Legislativo”.

Fascal

O deputado Delmasso (Republicanos), que presidia a sessão no momento do debate, referiu-se às críticas direcionadas ao Fundo de Assistência à Saúde da Câmara Legislativa (Fascal), plano de saúde dos servidores e deputados distritais. Ele explicou que a abertura para a entrada de ex-parlamentares deve-se à busca pelo equilíbrio financeiro. “Estamos procurando um novo grupo de filiados não para dar privilégios, porque não é de graça. Aliás, se houver interesse, eles vão contribuir com as maiores parcelas”, esclareceu. A ideia é que paguem uma mensalidade de R$ 750,00 e o mesmo valor a título de “contribuição de permanência”, totalizando R$ 1,5 mil. Além disso, terão de obedecer a um período de carência, definido por meio de cálculos atuariais.

A busca de um novo “grupo econômico”, segundo Delmasso, deve-se à necessidade de fazer frente a um déficit que chega a R$ 14 milhões. “Outra opção é aumentar linearmente os valores dos atuais filiados em 60% no próximo mês de abril”, comentou. O déficit, que veio se acumulando ao longo dos anos, tem vários motivos, um deles, conforme o deputado, é a inadimplência de ex-servidores comissionados que realizaram procedimentos médicos de alto custo. “Desde que assumimos, fechamos as torneiras. Antes não havia controle”, declarou, listando uma série de providências tomadas – redução das tabelas de pagamentos aos prestadores de serviço, moralização de processos internos, criação de um comitê de governança, entre outras – e que resultaram em um superávit de R$ 3 milhões, no ano passado, o primeiro na história do plano, que já foi utilizado para abater do déficit, que era maior.

População

Na sequência da discussão, o deputado Leandro Grass (Rede) acrescentou um outro ponto: “Quando a população questiona, pensa em sua própria realidade”. Para ele, que também não usa a verba indenizatória, “questionar privilégios, não significa colocar em xeque o Poder Legislativo”. Ele salientou que “há privilégios em todas os poderes e instâncias” e disse que foi um dos incentivadores do projeto de iniciativa popular que pede uma “Câmara mais barata”. Também criticou o atual modelo da verba indenizatória: “A prestação de contas é frágil, principalmente, no que diz respeito aos gastos com combustíveis”. Por fim, defendeu um “uso mais racional” desses recursos, com maior transparência.

Chico Vigilante (PT) pediu novamente a palavra para afirmar que “usa parte da verba”, sem nunca ter fraudado a prestação de contas. “É um recurso importante para deputados pobres, que não têm financiamentos por trás”, considerou. Na mesma linha, o deputado Fábio Felix (PSOL) argumentou: “A verba indenizatória deve ser vista como instrumento de autonomia do parlamentar. Mas isso não quer dizer que não possa ser cortada. Temos de manter um diálogo sério e sensato sobre a questão para chegar a um resultado que produza economia e impeça a falta de transparência”.

Na visão do deputado Prof. Reginaldo Veras (PDT), que abriu mão da verba em 2015, também devem acabar o cartão corporativo do presidente da república e a compra de lagostas pelo Supremo Tribunal Federal, por exemplo. “Não é um assunto apenas do Legislativo local, mas de todos os poderes. E o eleitor é quem tem de cobrar na eleição”, ponderou. Para Cláudio Abrantes, seu colega de partido, cada um tem uma maneira de conduzir o mandato: “Não uso a verba, mas não critico que dela faz uso”. O parlamentar notou que esses recursos foram reduzidos ao longo do tempo. “Existe previsão legal e é necessário fiscalizar. O que não cabe é a satanização do parlamento”, finalizou.

Fonte: CLDF

Primeira Turma do STF forma maioria para condenar cúpula da PMDF

Por Kleber Karpov A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal...

Flávio Dino veta repasse de emendas a Eduardo Bolsonaro e Alexandre Ramagem

Por Kleber Karpov O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal...

Parque do Cortado recebe 15 mil mudas do Cerrado no Dia de Plantar

Por Kleber Karpov O Governo do Distrito Federal (GDF) promove,...

IPVA terá reajuste médio de 1,72% e IPTU sobe 5,1% em 2026

Por Kleber Karpov A Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF)...

GDF institui plano de emergência para enfrentar poluição crítica do ar

Por Kleber Karpov O Governo do Distrito Federal (GDF) oficializou,...

Motoristas de aplicativo DO DF devem instalar QR Code até 17 de dezembro

Por Kleber Karpov Os motoristas de transporte por aplicativo do...

Destaques

TJDFT mantém condenação de mulher por agressão a técnica de enfermagem em Taguatinga

Por Kleber Karpov A 3ª Turma Recursal dos Juizados Especiais...

Celina Leão dialoga com categoria em assembleia dos GAPS e presidente do SindSaúde-DF aproveita ‘visibilidade’ para tripudiar com parceiros?

Por Kleber Karpov A vice-governadora do DF, Celina Leão (Progressistas),...

Primeira Turma do STF forma maioria para condenar cúpula da PMDF

Por Kleber Karpov A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal...

Flávio Dino veta repasse de emendas a Eduardo Bolsonaro e Alexandre Ramagem

Por Kleber Karpov O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal...

Parque do Cortado recebe 15 mil mudas do Cerrado no Dia de Plantar

Por Kleber Karpov O Governo do Distrito Federal (GDF) promove,...