Por Kleber Karpov
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva consolidou a retomada do protagonismo internacional do Brasil ao atingir recordes históricos no comércio exterior e atrair US$ 84,1 bilhões em investimentos estrangeiros diretos ao final de 2025. A estratégia diplomática assegurou a abertura de mais de 500 novos mercados e a revogação de uma sobretaxa de 40% imposta pelos Estados Unidos a produtos agropecuários nacionais. O Palácio do Planalto deve manter a agenda de fortalecimento do multilateralismo para mitigar desafios geopolíticos e impulsionar a soberania econômica no cenário global (30/Dez).
A agenda oficial contabiliza 61 missões ao exterior e 190 encontros bilaterais realizados nos últimos três anos. O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, avalia que o diálogo direto com lideranças mundiais expandiu a presença do país em tabuleiros estratégicos. O Brasil recebeu 32 chefes de Estado e governo no período para tratar de cooperação e paz.
A diplomacia comercial enfrentou a imposição de tarifas adicionais do governo de Donald Trump por meio de negociações técnicas e institucionais. O esforço resultou na retirada da taxa de 40% que incidia sobre café, carnes e frutas brasileiras em 20 de novembro. Lula instituiu o Plano Brasil Soberano para proteger o setor produtivo nacional de oscilações unilaterais no comércio exterior.
“A derrubada da taxa de 40% imposta pelo governo norte-americano a vários produtos agrícolas brasileiros é uma vitória do diálogo, da diplomacia e do bom senso”, disse Lula da Silva.

Balança comercial
A balança comercial brasileira encerrou o ano com exportações de US$ 339,4 bilhões e um superávit de US$ 63,1 bilhões. Os dados da Secretaria de Comércio Exterior indicam que a corrente de comércio atingiu a marca de US$ 615,8 bilhões. O vice-presidente Geraldo Alckmin destaca que a integração às cadeias globais de valor deve gerar novos empregos e renda interna de forma sustentável.
A coordenação entre ministérios e a ApexBrasil permitiu o acesso a mercados tradicionais e emergentes para produtos de valor agregado. O agronegócio e a indústria nacional se beneficiaram da valorização da capacidade produtiva e da atuação integrada das embaixadas brasileiras. O Banco Central registrou o melhor desempenho de investimentos estrangeiros desde 2014, o que reforça a confiança no ambiente econômico.
O governo federal prioriza agora a diversificação dos parceiros comerciais para reduzir a dependência de mercados específicos. A estratégia combina a promoção de ativos estratégicos com o fortalecimento de instituições internacionais e blocos regionais. O fortalecimento do comércio exterior deve caminhar junto com o desenvolvimento do mercado interno para garantir o crescimento sustentável do Produto Interno Bruto (PIB).
Kleber Karpov, Fenaj: 10379-DF – IFJ: BR17894
Mestrando em Comunicação Política (Universidade Católica Portuguesa/Lisboa, Portugal); Pós-Graduando em MBA Executivo em Neuromarketing (Unyleya); Pós-Graduado em Auditoria e Gestão de Serviços de Saúde (Unicesp); Extensão em Ciências Políticas por Veduca/ Universidade de São Paulo (USP);Ex-secretário Municipal de Comunicação de Santo Antônio do Descoberto(GO); Foi assessor de imprensa no Senado Federal, Câmara Federal e na Câmara Legislativa do Distrito Federal.












