Por Kleber Karpov
O artista plástico Darlan Rosa recebeu, nesta segunda-feira (24/Nov), o título de Cidadão Honorário de Brasília durante sessão solene no plenário da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF). A homenagem, proposta pelo deputado distrital Chico Vigilante (PT), reconhece a trajetória do idealizador do personagem Zé Gotinha e suas contribuições históricas para a saúde pública, a educação e a cultura brasileira.
A solenidade foi sucedida pela abertura da exposição “Zé Gotinha do Brasil”, instalada na Galeria Espelho D’Água da CLDF. A mostra, produzida pelo Centro Cultural do Ministério da Saúde, reúne obras e documentos históricos que narram a evolução do personagem símbolo das campanhas de imunização no país.
Para o autor da homenagem, a concessão do título reflete a gratidão do Distrito Federal pelo impacto social da obra de Rosa.
“Pela importância do trabalho de Darlan Rosa para o DF e para o Brasil e pela grandeza de sua obra […] especialmente pela sua atuação em prol da saúde e do bem-estar de nossas crianças, com seu inesquecível personagem Zé Gotinha, consideramos mais que justo e merecido esse reconhecimento”, afirmou Vigilante na justificativa da proposta.
Trajetória artística
Natural de Coromandel (MG) e radicado em Brasília desde a década de 1960, Darlan Rosa consolidou uma carreira multimídia como publicitário, jornalista, escritor e professor universitário. Sua presença na paisagem urbana da capital é marcante, com 54 esculturas públicas instaladas em locais como o Memorial JK, o Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) e o Congresso Nacional.
O reconhecimento internacional de seu trabalho inclui a colaboração com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e a recente escolha de uma de suas esculturas como troféu do United Earth Amazonia Awards, prêmio ambiental ligado à família Nobel.
O legado do Zé Gotinha

A criação do Zé Gotinha, em 1986, representou uma mudança de paradigma na comunicação pública de saúde. A convite do Ministério da Saúde, Rosa desenvolveu o personagem para substituir as campanhas baseadas no medo por uma abordagem lúdica e educativa, fundamental para a adesão das famílias e a erradicação da poliomielite no Brasil.
O nome do mascote foi escolhido por meio de um concurso nacional, vencido por um estudante do Distrito Federal. Desde sua estreia oficial em 1987, o personagem tornou-se um ícone do Programa Nacional de Imunizações (PNI), sendo adaptado ao longo das décadas para representar diferentes campanhas de prevenção.
Kleber Karpov, Fenaj: 10379-DF – IFJ: BR17894
Mestrando em Comunicação Política (Universidade Católica Portuguesa/Lisboa, Portugal); Pós-Graduando em MBA Executivo em Neuromarketing (Unyleya); Pós-Graduado em Auditoria e Gestão de Serviços de Saúde (Unicesp); Extensão em Ciências Políticas por Veduca/ Universidade de São Paulo (USP);Ex-secretário Municipal de Comunicação de Santo Antônio do Descoberto(GO); Foi assessor de imprensa no Senado Federal, Câmara Federal e na Câmara Legislativa do Distrito Federal.










