Por Ingrid Soares
Assintomático nas fases iniciais, os sinais mais comuns do câncer de pulmão já em fase aguda incluem tosse persistente, falta de ar, rouquidão, perda de peso inexplicável, fadiga e dor no peito. Em alusão ao Dia Mundial de Combate ao Câncer de Pulmão, celebrado nesta sexta (1) e ao programa “O câncer não espera. O GDF também não”, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) reforça a importância da prevenção e diagnóstico precoce.
A doença está entre os dez tipos mais incidentes na população do Distrito Federal, com taxas estimadas de 12 casos novos por 100 mil homens e 9 por 100 mil mulheres, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca). Trata-se de uma doença com alta letalidade, diagnosticada em estágios avançados em cerca de 85% dos casos, o que compromete a efetividade do tratamento, ressalta o Referência Técnica Distrital (RTD) em Oncologia e chefe da Assessoria de Política de Prevenção e Controle do Câncer (Asccan) da SES-DF, Gustavo Ribas.
“A melhor forma de prevenção é não fumar e evitar ambientes com exposição à fumaça ou vapores. O rastreamento também é uma ferramenta importante, pois o diagnóstico precoce melhora significativamente as chances de cura. Pessoas com risco elevado, como fumantes e ex-fumantes acima de 50 anos, devem ser avaliadas para exames como tomografia de baixa dose”, ressalta Ribas.
Entre os fatores de risco estão o tabagismo, a exposição ao fumo passivo, o uso de cigarros eletrônicos, exposição ocupacional a agentes químicos, histórico familiar de câncer, poluição do ar e doenças pulmonares crônicas.
Outro fator que aumenta o risco de desenvolvimento futuro de câncer de pulmão e doenças respiratórias é o uso de cigarros eletrônicos, conhecidos como vapes. “Apesar da aparência inofensiva, os vapes apresentam sérios riscos pois contêm nicotina e substâncias tóxicas, como formaldeído, acetaldeído e metais pesados”, explica Ribas.
“Os vapes estão associados a danos pulmonares severos. Além disso, estudos mostram que adolescentes usuários de vapes têm três vezes mais chance de migrar para o cigarro convencional”, conclui o oncologista da SES-DF.
Na capital federal, a SES-DF oferece mais de 80 unidades de tratamento de tabagismo, espalhadas por todas as regiões de saúde.
O Câncer não espera. O GDF também não”

Por meio do programa “O Câncer não espera. O GDF também não”, a SES-DF tem garantido atendimento mais rápido, coordenado e humanizado aos pacientes oncológicos. Nele, os pacientes oncológicos são classificados na lista de prioridade e encaminhados a uma fila única. Até o dia 24 de julho, a iniciativa já beneficiou 198 pacientes, dos quais 95 iniciaram o tratamento nas redes pública e complementar.
O tratamento oferecido pelo Sistema Unico de Saúde (SUS) inclui cirurgia; radioterapia; quimioterapia; imunoterapia; e terapias-alvo. O tratamento é iniciado após o paciente ser avaliado por um oncologista. A porta de entrada é a Unidade Básica de Saúde (UBS).










