Por Kleber Karpov
A Secretaria de Saúde (SES-DF) registrou, nesta quarta-feira (31/Dez), um investimento superior a R$ 500 milhões na infraestrutura e modernização tecnológica da rede pública do Distrito Federal. O balanço anual destaca a criação do programa “O câncer não espera”, que reduziu o tempo de espera para consultas oncológicas em 71% no último ano. As ações da gestão devem garantir atendimento mais célere por meio da construção de novos hospitais e unidades de pronto atendimento.
Redução de filas e cirurgias eletivas
O programa OperaDF realizou mais de mil cirurgias eletivas com o suporte de parcerias na rede complementar. O Secretário de Saúde, Juracy Lacerda, contratou oito hospitais privados e três empresas de anestesia para expandir a capacidade cirúrgica do estado. A iniciativa agilizou procedimentos complexos nas especialidades de urologia, cabeça e pescoço. O gestor afirma que a celeridade deve ser o fator determinante para o sucesso dos tratamentos oncológicos. “O tempo é crucial para o atendimento de quem é diagnosticado com câncer”, disse Lacerda.
Expansão de infraestrutura
A gestão estadual mantém a construção de dois novos hospitais e sete unidades de pronto atendimento (UPAs) em diversas regiões administrativas. O cronograma de obras inclui cinco unidades básicas de saúde e dois novos centros de atenção psicossocial. O governo destinou R$ 50 milhões para a aquisição de equipamentos médicos modernos. Outros R$ 60 milhões se destinam a ações preventivas e corretivas nas instalações físicas da rede.
Inovação tecnológica e acolhimento
A SES-DF inaugurou o Centro de Referência Especializado em Transtorno do Espectro Autista para ampliar o suporte clínico infantil. O novo serviço de assistência em saúde mental utiliza inteligência artificial para reforçar o acolhimento à população distrital. Desde outubro, os agentes de saúde empregam 1,6 mil tablets para qualificar os registros nos sistemas do SUS. A transformação digital deve agilizar o fluxo de informações entre as unidades básicas e os hospitais de base.
Combate à dengue e vigilância ambiental
As equipes de vigilância ambiental visitaram mais de 1,8 milhão de residências no Distrito Federal ao longo de 2025. O governo adotou o uso de mosquitos com a bactéria Wolbachia para impedir a transmissão do vírus da dengue de forma biológica. A estratégia inovadora complementa as ações de controle realizadas de forma ininterrupta em locais públicos. A pasta capacitou 28,8 mil servidores em cursos de gestão financeira e técnicas avançadas de atendimento.
O balanço anual indica que a população participou ativamente das ações por meio de 71 mil manifestações na ouvidoria. Os profissionais de saúde da rede pública foram os que mais receberam elogios entre todos os órgãos do governo. A admissão de 314 novos servidores de carreira reforça o quadro técnico para o próximo ciclo de atendimento. A gestão deve manter o foco na prevenção e no cuidado contínuo para elevar os indicadores de saúde da capital.
Kleber Karpov, Fenaj: 10379-DF – IFJ: BR17894
Mestrando em Comunicação Política (Universidade Católica Portuguesa/Lisboa, Portugal); Pós-Graduando em MBA Executivo em Neuromarketing (Unyleya); Pós-Graduado em Auditoria e Gestão de Serviços de Saúde (Unicesp); Extensão em Ciências Políticas por Veduca/ Universidade de São Paulo (USP);Ex-secretário Municipal de Comunicação de Santo Antônio do Descoberto(GO); Foi assessor de imprensa no Senado Federal, Câmara Federal e na Câmara Legislativa do Distrito Federal.












